Dilma: É “absurdo” dizer que nós sabíamos da corrupção na Petrobras

Em entrevista concedida à agência de notícias pública alemã “Deutsche Welle”, a presidenta afirmou que “um dos ônus” de se combater a corrupção é acharem que os atos ilícitos somente ocorreram os governos do PT

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

Em entrevista concedida à agência de notícias pública alemã “Deutsche Welle”, a presidenta Dilma Rousseff declarou ser um “absurdo” as acusações de que ela e o integrantes do governo sabiam dos atos de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato.

“Dizer que a gente sabia da corrupção, por exemplo, na Petrobras, é um absurdo. Para descobrir a corrupção na Petrobras foi necessário que a PF, o MP, o STF, o Judiciário todo se estruturasse para fazer a investigação, e só se conseguiu investigar através do instituto legal chamado delação premiada”, argumentou.

Para a presidenta, “um dos ônus” de se combater a corrupção é acharem que os atos ilícitos somente ocorreram os governos do PT. No entanto, segundo Dilma, “nunca antes” houve tanta investigação e punição para quem comete maus feitos na administração pública.

“Um dos ônus é acharem que nós é que fazemos a corrupção. Mas esse ônus é insignificante perto do fato de que eu posso lhe garantir que o Brasil, nesta área, mudou. Nunca antes no Brasil quem corrompia era preso, nem tampouco quem era corrompido. Agora é”, declarou.

Reforma Política – Ainda ao falar sobre o tema da corrupção na política brasileira, a presidenta ressaltou a urgência do País realizar uma reforma política, mas disse que é contra o financiamento empresarial de campanha.

“É óbvio que o Brasil precisa fazer uma reforma política. É óbvio, e isso nós temos há muito tempo discutido e insistido. Nós do governo somos contra financiamento empresarial de campanha. A contribuição tem de ser de pessoa física e não de pessoa jurídica. Infelizmente, isso não passou no Congresso”, declarou.

Venezuela – Questionada sobre a situação política da Venezuela, a presidenta Dilma afirmou que respeita às oposições e disse que o Brasil “não é golpista” e jamais será uma potência regional “com um porrete na mão”.

“Nós não somos golpistas no Brasil, nós não somos a favor de interferências e intervenções dentro de países irmãos. Nós não fazemos isso. Nós somos um país eminentemente pacífico”, declarou.

A fala de Dilma ao canal alemão faz parte de uma série de entrevistas concedidas na semana passada a veículos de imprensa europeus. A presidenta também falou à TV France 24 (França) e ao jornal Le Soir Belgique (Bélgica).

Da Redação da Agência PT de Notícias

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