Dilma Rousseff: “Temos que mudar o futebol brasileiro”
Em entrevista ao programa GloboNews Eleições, a presidenta falou sobre futebol, realizações do governo e corrupção
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O pessimismo, segundo a presidenta Dilma, é a pior forma de encarar as crises. Ela, que durante todo o seu governo, combateu esse tipo de sentimento, voltou a falar sobre ele referindo-se à Copa do Mundo, alvo constante de críticas atualmente derrubadas com o sucesso do Mundial. Em entrevista concedida ontem (11), ao programa GloboNews Eleições, Dilma ressaltou que “tem dois jeitos de encarar qualquer dificuldade: com pessimismo crônico, que acha que não tem solução, ou com uma posição otimista e construtiva”.
Ela conta que desde o início de seu governo escutou que o Brasil era incapaz de fazer e receber uma Copa, de construir infraestrutura, de dar condição dos sinais necessários para a transmissão do evento, mas que tudo isso foi brilhantemente descartado. “O Brasil conseguiu fazer estádios, fazer infraestrutura e conseguiu construir uma política federativa de segurança”, afirmou. Dilma destaca, inclusive, que a segurança do Mundial foi garantida com a interação entre as forças armadas, a polícia federal e rodoviária federal, as polícias militares, “importantíssimas para os estados”, e as polícias civis das 12 cidades-sede. Essa interação foi possível com o planejamento e execução dos governos estaduais e federal.
Infelizmente o show de organização do mundial não foi repetido no jogo da seleção contra a Alemanha, do qual a presidenta afirma ter sofrido com a derrota. Contudo, a situação inspirou a necessidade de se discutir uma reforma no futebol. “Não acho que é possível que, em um país com essa quantidade de talentos no futebol, craques saiam cedo deste país e não contribuam para criar uma cultura nova. Nós temos de fazer o que a Alemanha fez depois que perdeu a Eurocopa: uma reforma no futebol. Dar condições semelhantes aos técnicos brasileiros que as dadas em países europeus”, ressaltou.
Dilma falou sobre a maior marca do seu governo, que é o grande investimento em infraestrutura. Abordou os baixos índices de desemprego e defendeu uma reforma política como uma forma de avançar na ética, no controle do gasto maior e na responsabilização de pessoas.
A presidenta posicionou-se, também, em relação à corrupção e disse que nenhum partido está acima de qualquer suspeita, inclusive o PT. “O que serve para o PT tem de servir para todos os partidos. O que não é possível é só tratar o PT como sendo o PT que criou a corrupção no Brasil”, ressaltou.
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Da Redação da Agência PT de Notícias