Dona Marisa Letícia, dois anos de saudades
Ex-primeira dama, companheira de luta de Lula e grande militante faleceu em 2017, mas deixou seu legado de simplicidade, generosidade e dignidade
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Dona Marisa Letícia, era conhecida como esposa de Lula, status que ela mantinha com muito orgulho e amor, mas a ex-primeira dama estava muito além de apenas uma companheira amorosa, ela também militou durante toda a sua vida pela liberdade e pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Nesse domingo (3), completam-se dois anos de saudades, dois anos que o mundo perdeu essa grande mulher, que faleceu no dia 3 de janeiro de 2017 em decorrência de um AVC.
Ela se manteve discreta em sua vida pessoal, embora sempre tenha sido uma grande lutadora. Quando jovem, dos 13 aos 19 anos, trabalhou embalando bombons em uma fábrica de chocolates. Iniciou sua militância na política junto com o marido, eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos em 1975. Foi ela quem liderou a Passeata das Mulheres, em protesto pela liberdade dos sindicalistas.
Participou da vida política de Lula, mas teve também sua militância própria, inclusive durante a ditadura militar. Em 1980, Lula e outros líderes metalúrgicos estavam presos e Marisa Letícia, por conta de uma intervenção no sindicato, transferiu sua sede à sala de sua casa e ajudou a organizar passeatas de mães e filhos de metalúrgicos.
Foi também nesse ano que Marisa costurou a primeira bandeira do PT, que foi exibida na fundação do partido. A ex-primeira dama foi pioneira ao reivindicar, com outras esposas de metalúrgicos, que houvesse mulheres nas chapas dos sindicatos do ABC.
Dona Marisa Letícia deixou saudades para o ex-presidente Lula e seus filhos, uma imensa dor pela perda irreparável da esposa, mãe e companheira de todas as horas, da intimidade da família à luta política, e para o Brasil, onde foi referência de primeira-dama com sua simplicidade, generosidade e dignidade.
Da Redação da Agência PT de Notícias