E agora Moro? 60% acreditam que juiz que aconselha parte deve ser punido

Pesquisa Atlas Político constatou que brasileiros defendem punição para magistrados que mantêm conversas privadas com uma das partes, sem o conhecimento da outra

Lula Marques

Ministro da Justiça Sergio Moro durante depoimento na CCJ do Senado

O povo não bobo e já sabe da parcialidade do Moro. Tanto é que popularidade dele caiu 10 pontos, entre maio e junho, após o Intercept Brasil revelar o conluio do ex-juiz com procuradores do Ministério Público Federal (MPF). A pesquisa da consultoria Atlas Político revelou também que 58% dos brasileiros consideram incorreta a prática de um juiz aconselhar ou manter conversas privadas com membros da acusação ou da defesa de um réu, sem o conhecimento da parte adversa. O levantamento apontou ainda que 57,6% dos entrevistados consideram que magistrados que incorrerem nessa prática devem ser punidos, de acordo com informações do BR18.

O resultado da pesquisa foi divulgado após as revelações do jornalista Glenn Greenwald e sua equipe, que mostraram que Sérgio Moro, enquanto juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, atuava como um coordenador da operação Lava Jato, em uma flagrante violação da Constituição Federal, do Código de Processo Penal e do Código de Ética da Magistratura.  Em relação a Lula, ficou ainda mais evidente a parcialidade de Moro ao julgar o caso – a defesa do ex-presidente denúncia o ex-juiz desde o início da perseguição política.

No domingo (23), o Intercept revelou mais um trecho das conversas, que confirmam que Moro manipulou o trabalho do MPF, exigiu a substituição de uma procuradora que não o satisfazia e dirigiu a estratégia de comunicação dos procuradores.

A pesquisa do Atlas Político reflete apenas o primeiro vazamento – do dia 9 de junho -, uma vez que foi feita entre os dias 10 e 12 de junho, com 2 mil entrevistados, por meio virtual. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do BR18

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