Grupo com 25 entidades denuncia parcialidade de Sérgio Moro à ONU

Ongs alertaram durante Conselho de Direitos Humanos que “a luta contra a corrupção feita sem o devido processo legal e garantias corrompe a confiança no sistema de Justiça”

Wikimedia Commons

ONU

Amplamente noticiada pelos principais jornais e sites do Brasil e do mundo, o vazamento de conversas privadas entre o Sérgio Moro e procuradores do Ministério Público Federal também foi tema de debate durante o Conselho de Direitos Humanos da ONU.

A denúncia à entidade foi feita por 25 entidades das mais variadas bandeiras logo após durante a apresentação do relator da ONU, Diego García-Sayán, sobre a independência do Judiciário. O grupo alertou que há uma “erosão” da confiança na magistratura e lembra a conclusão do informe do próprio relator ao dizer que “juízes e procuradores estão facultados para exercer seus direitos a liberdade de expressão, crenças, associação e reunião”  mas “com moderação e preservando a dignidade de suas funções”.

A declaração foi lida pela jurista Élida Lauris e também reforçou a posição de que “a independência da magistratura é uma responsabilidade imposta sobre cada juiz e se afirma em decisões honestas, imparciais baseadas no direito e nas provas” e que  “neste momento no Brasil, a investigação jornalística do (site) Intercept colocou em questão a imparcialidade e a independência da Operação Lava Jato, a operação brasileira mais reconhecida de luta contra a corrupção”.

As entidades, que corroboram com a visão de grande parte do Judiciário, reiteraram ainda que os diálogos apontam a indícios de extrapolação de funções, com posições partidárias, superposição de papeis entre juízes e procuradores e parcialidade na condução do processos – fatos denunciados pelo Partido dos Trabalhadores muito antes de as conversas serem reveladas com base em provas concretas.

Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do UOL

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast