Eduardo Bolsonaro quer criminalizar MST e “prender 100 mil”

Filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, em mais uma declaração absurda e que criminaliza o movimento, entra em contradição com o recém nomeado ministro da Justiça, Sérgio Moro

Agência Câmara

Eduardo Bolsonaro

O filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, afirmou em entrevista publicada nesta segunda-feira (12) que quer a criminalização do MST, do “comunismo” e que “se fosse necessário prender 100 mil pessoas”, não vê problema. Ele ainda criticou o Itamaraty, afirmando que no corpo técnico está arraigada a ” ideologia marxista”. Esse é mais um arroubo fascista e que mostra sua total incompetência e ignorância para com os movimentos sociais.

Em suas afirmações, Eduardo Bolsonaro contradiz o ainda juiz federal Sérgio Moro, recém nomeado ministro da Justiça por seu pai. Moro já disse em entrevista coletiva na quarta-feira (7) que “não é consistente” classificar os movimentos sociais, entre eles o MST e o MTST, como organizações terroristas, porém, eles seguem se contradizendo dando mostras de como esse novo governo é desajustado.

Na entrevista publicada no Estadão, Eduardo Bolsonaro deu a seguinte declaração sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra: “eles impõem o terror para ganhar um benefício por outro lado. É isso que a gente visa combater. Isso aí é terrorismo. É a intenção de levar o terror para amedrontar as pessoas. Se fosse necessário prender 100 mil pessoas, qual o problema nisso?”.

O filho de Jair Bolsonaro ainda prometeu uma caça às bruxas no Itamaraty, órgão responsável pela política externa do país. “O que eu escuto falar é que o Itamaraty é um dos ministério onde mais está arraigada essa ideologia marxista e onde haveria uma maior repulsa ao presidente Jair Bolsonaro”, afirmou Eduardo.

“O que não pode ter é o que nos Estados Unidos tem lá o que o Trump chama de deep state, pessoas do próprio governo sabotando as ideias do governo”, acrescentou o filho do presidente eleito, deixando claro que o governo Bolsonaro não irá lidar democraticamente com as críticas, especialmente se vierem da máquina pública.

Da redação da Agência PT de notícias, com informações do Estadão

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