Educadores, estudantes e intelectuais levam propostas a Haddad e Manu

Centenas de pessoas lotaram a sede do Club Homs, em São Paulo, em um ato contra o obscurantismo e o desmonte da educação pública promovido pelo golpe

Ricardo Stuckert

“Baixe suas armas, que eu quero passar com um professor”. Esse breve trecho do discurso de Manuela D’Ávila traduz o clima do ato “Educação, Ciência & Tecnologia e intelectuais”, que aconteceu na noite desta segunda-feira (24) em São Paulo, em apoio à candidatura dela e de Fernando Haddad.

Centenas de pessoas lotaram a sede do Club Homs, na Avenida Paulista, contra o obscurantismo e o desmonte da educação pública. Pós-graduandos, secundaristas, petroleiros, professores do ensino básico e superior entregaram ao candidato e à vice seus pedidos e propostas para o futuro governo.

Também participaram o ex-ministro Aloizio Mercadante, os candidatos Luis Marinho, Ana Bock e Jilmar Tatto e a primeira-dama Ana Estela Haddad.

Entre os pedidos mais populares, a revogação da PEC do Teto, retomada dos investimentos nas universidades e institutos federais, e que as metas do Plano Nacional sejam cumpridas. Aloizio Mercadante criticou as reformas retrógradas impostas pelo governo Temer e reafirmou a importância da educação no combate à pobreza, da creche ao Ensino Médio.

“Haddad e Manuela vêm pra revogar essa reforma autoritária e descabida. Teremos um ensino médio que dialogue com a sociedade. Eles querem mostrar que educação pública não funciona para abrir espaço para a privatização, o voucher, o descrédito da escola pública”.

Aclamado aos gritos de ‘presidente’, Haddad falou da conversa que teve com o ex-presidente Lula pela manhã. “Digo pra vocês com muita sinceridade: se eu fosse adversário do Lula, eu não prenderia ele. Deixar alguém com aquela inteligência pensando o dia todo é um tiro no pé”, brincou. um aceno às mães e avós desrespeitadas pelo vice da chapa do

Ele reagiu à empolgação do público com o resultado mais recente do Ibope pedindo serenidade e trabalho “24 horas” até o dia 7 de outubro. “Isso é fruto de uma mobilização que começou com à redemocratização, que começou no fim da ditadura. E não vamos pendurar as chuteiras porque temos o melhor projeto para o Brasil. Quem lutou pela democracia e a liberdade não vai esmorecer agora.”

Comentando os acenos da chapa do PSL contra e a democre uma série de propostas contra o povo, Haddad comparou o discurso extremista do adversário, que ofende mães e a avós, promete mais imposto aos mais pobres. Enquanto ele representa o legado do governo que quintuplicou o orçamento da educação, garantiu saúde, comida na mesa, e abriu as portas da universidade para o filho do trabalhador.

“É muita coisa que está em jogo, não é só uma eleição. Mas todo esse projeto [do candidato de extrema-direita] vai virar pó.”

 

Da Redação Agência PT de Notícias

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