Efeito Lula: desemprego cai para 6,4% no 3º trimestre, o menor da série do IBGE para o período

Índice também é 1,3 ponto percentual menor que o registrado em igual período do ano passado (7,7%), e outro dado importante é a criação de 400 mil novas vagas de trabalho, melhor resultado desde 2013

Fernando Guaraen

Dados do IBGE confirmam o acerto da política econômica do governo Lula, voltada a garantir oportunidades para todos

O mercado de trabalho segue aquecido, conforme aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo IBGE. O estudo traz uma ótima notícia para o país: a taxa de desocupação no terceiro trimestre do ano caiu 0,5 ponto percentual, atingindo 6,4%. Esse é o menor patamar para o período desde o início da série histórica, em 2012, e está 1,3 ponto percentual abaixo dos 7,7% registrados no mesmo trimestre de 2023.

O avanço reflete um movimento positivo no mercado de trabalho, com a criação de mais de 400 mil novas vagas, especialmente nos setores de indústria e serviços. Entre as 27 unidades da federação, 7 registraram diminuição no desemprego, enquanto as outras 20 não apresentaram variações significativas no índice. 

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A maior queda ocorreu na Bahia, com recuo de 1,4 ponto percentual, passando de 11,1% para 9,7%. Na sequência, destacam-se Rondônia (-1,2 p.p., de 3,3% para 2,1%), Rio de Janeiro (-1,1 p.p., de 9,6% para 8,5%), Mato Grosso (-1 p.p., de 3,3% para 2,3%), Pernambuco (-1 p.p., de 11,5% para 10,5%), Rio Grande do Sul (-0,8 p.p., de 5,9% para 5,1%) e Santa Catarina (-0,4 p.p., de 3,2% para 2,8%). Já estados como Alagoas, Maranhão e Piauí ainda apresentam altas taxas, embora com reduções em relação a 2023.

Queda em todas as faixas etárias

Outro destaque da PNAD Contínua foi a redução na taxa de desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos, que passou de 14,3% no segundo trimestre para 13,4% no terceiro. Apesar de ainda estar acima da média nacional, esse é o menor índice desde 2013, indicando que mais de 2 milhões de brasileiros nessa faixa etária encontraram trabalho.

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As demais faixas etárias também apresentaram resultados positivos. A desocupação entre pessoas de 25 a 39 anos chegou a 5,9% (antes, 6,3%) e entre 40 a 59 anos, 4,1% (antes, 4,6%). O menor valor foi observado na faixa acima dos 60 anos, com apenas 3,0% (antes, 3,1%).

Disparidades por gênero, raça e escolaridade

Apesar da queda geral, as desigualdades de gênero e raça persistem. O desemprego entre mulheres foi de 7,7% (ante 8,6% no trimestre anterior), ainda superior à média nacional de 6,4%. Para os homens, a taxa foi de 5,3%.

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A cor da pele também influencia os índices. Pessoas pretas e pardas registraram desocupação de 7,6% (antes, 8,5% e 7,8%, respectivamente), enquanto a população branca apresentou a menor taxa, 5% (antes, 5,5%).

Em relação à escolaridade, o desemprego foi maior entre quem tem ensino médio incompleto (10,8%), seguido por aqueles com nível superior incompleto (7,2%) e completo (3,2%).

Busca por trabalho e informalidade

A busca por emprego por dois anos ou mais caiu 20,4% em relação ao ano passado, atingindo 1,5 milhão de pessoas (eram 1,8 milhão). O percentual de desalentados foi de 2,7%, com os maiores índices em Alagoas (9,7%) e os menores em Santa Catarina (0,3%).

A subutilização da força de trabalho foi de 15,7%, com Piauí (33,8%) e Santa Catarina (5,1%) nos extremos. Entre empregados do setor privado, 73,1% possuíam carteira assinada, novamente opondo Santa Catarina (87,3%) e Piauí (49,2%). Já 24,6% da população ocupada trabalhava por conta própria, com os maiores percentuais em Rondônia (33,6%) e os menores no Distrito Federal (20,4%).

A informalidade também merece atenção: 38,8% da população ocupada não têm carteira assinada. Os valores mais altos foram registrados no Pará (56,9%) e os mais baixos em Santa Catarina (26,8%).

Apesar dos desafios, os dados da PNAD Contínua merecem comemoração, mostrando uma significativa redução na desocupação em todas as frentes analisadas. É fundamental que as políticas públicas implementadas pelo governo Lula continuem focadas em diminuir as desigualdades regionais e sociais, promovendo uma inclusão ainda mais ampla no mercado de trabalho em todo o país.

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Da Redação

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