Efeito Lula: setor de papel e celulose anuncia investimentos de R$ 105 bi

Na quarta (22), Lula recebeu representantes do segmento no Planalto: “Voltamos a governar este país para recuperá-lo e também o seu potencial industrial de maneira mais sustentável”, celebrou o presidente

Cláudio Kbene/PR

Lula: "O país vai crescendo com trabalho sério"

O setor das indústrias de papel e celulose apresentou ao presidente Lula nesta quarta-feira (21) os planos de investimentos de R$ 105 bilhões até 2028, com a geração de 36 mil empregos na fase de instalação e outros 7,3 mil no início das operações.

Além da abertura de novas fábricas, estão previstas a ampliação de plantas já existentes e obras de infraestrutura logística para escoamento da produção, entre outras ações.

Os investimentos se somam aos de outros setores como o automotivo e siderúrgico, movendo a roda da economia e gerando empregos e renda, como quer o presidente. “O país vai crescendo com trabalho sério”, postou Lula em seu perfil na rede X, ao citar as cifras bilionárias que cada setor vai investir no país, a partir do ambiente de credibilidade e estabilidade proporcionado pelo governo federal desde 2023.

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“Depois de investimentos de R$130 bilhões da indústria automobilística, R$ 120 bilhões da indústria de alimentos e R$ 100 bilhões da siderúrgica, agora o setor de celulose vai destinar R$ 105 bilhões até 2028”, publicou o presidente.

Em outra postagem, o presidente expressou sua alegria com tantos anúncios positivos para o Brasil. “Estou feliz com a reunião de hoje”, escreveu, citando os números dos investimentos e empregos. “Voltamos a governar este país para recuperá-lo e recuperar também o seu potencial industrial de maneira mais sustentável. Estamos trabalhando para isso”, assinalou.

Durante a solenidade no Palácio do Planalto, com a presença dos ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Fazenda, Fernando Haddad; do meio Ambiente, Marina Silva; da Agricultura, Carlos Fávaro e do presidente do BNDES, Aluísio Mercadante, além de representantes da Embrapa e Ibama, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou o crescimento do setor e sua responsabilidade ambiental.

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“O Brasil é o maior exportador do mundo de celulose e esses são os que fazem florestas renováveis e nativas preservadas, de grande importância ambiental e econômica. É um setor altamente gerador de divisas, o sexto maior exportador, com importância no PIB brasileiro. É um setor de boas notícias e que representa bem a Nova Indústria Brasil (NIB)”, ressaltou Alckmin, ao anunciar que em breve será lançada a Letra de Crédito para o Desenvolvimento (LCD), uma linha de crédito mais barato com foco no desenvolvimento industrial.

As iniciativas do setor de papel e celulose se inserem no contexto da NIB, programa lançado por Lula em janeiro de 2023 para revitalizar e impulsionar o setor industrial até 2033. Com ele, o presidente quer colocar o Brasil como um player no cenário industrial global. Além de promover o emprego qualificado, a NIB vai contribuir para elevar a renda do povo brasileiro.

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Parceria desde 2003

Com 10 milhões de hectares de áreas produtivas plantadas, o Brasil tem uma potente indústria de papel e celulose que gerou, em 2023, US$ 10,3 bilhões de divisas para o país, ou 3% do que o país exportou no último ano. Presente à solenidade, o presidente da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), Paulo Hartung, lembrou que o setor foi o segundo grupo empresarial recebido pelo presidente Lula quando assumiu seu primeiro mandato em 2003.

“Ao longo dos mandatos, Lula divulgou muito o setor, o que foi muito importante. O Brasil é benchmarking mundial, tem o melhor setor do mundo em florestas plantadas, foi fantástica a evolução que o setor teve nesses 20 anos”, celebrou, ao lembrar que, à época, era governador do Espírito Santo e que o setor buscou certificação internacional e comprometimento com o meio ambiente.

A IBÁ congrega 47 empresas do setor e 10 entidades estaduais ligadas a produtos derivados – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa.

Hartung informou que, nos primeiros seis meses de 2024, a área de celulose cresceu cerca de 19% em relação ao ano passado e que boa parte dos investimentos estão sendo alocados em regiões de baixo dinamismo econômico.

“Esse setor que tem um pé no agro e um pé na indústria está entregando uma fábrica nova a cada ano e meio no nosso país. É um setor que planta, colhe e replanta em 10 milhões de hectares e conserva 6,9 milhões de hectares de matas nativas. No uso da terra, é um ponto que nos diferencia. É também um setor que cresce em cima de áreas degradadas, produz notáveis serviços ambientais e planta 1,8 milhões de árvores no Brasil”, assinalou, ao destacar o bom diálogo com os ministros do governo Lula.

Da Redação

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