Efeito Lula: venda de 264,9 mil veículos em outubro é recorde em dez anos
Número de unidades comercializadas também representa alta de 21,7% em relação a outubro de 2023, em um cenário de recuperação que traz otimismo e impulsiona projeções para 2025
Publicado em
O setor automotivo brasileiro vive um grande momento. Em outubro, o país registrou o maior volume de vendas de veículos em uma década, com 264,9 mil unidades comercializadas, um aumento de 21,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior e de 12,1% sobre o mês de setembro.
Os dados foram divulgados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), na última segunda-feira (4), e indicam uma recuperação vigorosa do setor, com números só superados em dezembro de 2014, quando foram vendidas mais de 370 mil unidades. Segundo a entidade, a expectativa para 2025 é de um crescimento de 15,1%.
Ótimos resultados
Entre janeiro e outubro deste ano, a categoria acumula 15% de alta nas vendas, com 2,12 milhões de veículos licenciados. A comercialização de carros e utilitários leves subiu 20,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os eletrificados também demonstraram força, com aumento de 67,5%, assim como ônibus (62,9%) e caminhões (30,4%).
Leia mais: Efeito Lula: venda diária de 11,3 mil veículos em setembro é recorde no país
Segundo José Maurício Andreta Júnior, presidente da Fenabrave, “o cenário continua favorável ao crédito, e estamos avançando em direção aos números projetados pela entidade, que prevê uma alta de 16,8% para o setor em 2024.”
Juros caem, vendas sobem
O curto ciclo de redução na taxa básica de juros, que passou de 13,75% a 10,50% em um ano e meio, foi sentido positivamente na categoria. O crédito mais barato tornou mais acessível o financiamento de veículos e, juntamente com o fortalecimento do mercado de trabalho, ampliou o poder de compra dos consumidores, ajudando a aumentar as vendas.
Leia mais: Efeito Lula: expansão da indústria impulsiona novos empregos no país, diz IBGE
No entanto, o Banco Central, presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, vem dando repetidas indicações de que os juros agora devem subir, o que prejudica não apenas essa recuperação em curso, mas também toda a indústria nacional. Espera-se que seu sucessor, Gabriel Galípolo, implemente uma política monetária que atenda os reais interesses do país, a partir de sua posse, em janeiro de 2025.
Economia forte
Os dados robustos da indústria automotiva refletem um grande dinamismo da economia, que vem se fortalecendo desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. As políticas desenvolvimentistas e sociais adotadas pelo governo têm contribuído para o crescimento do Brasil, com foco no fortalecimento da indústria e na melhoria das condições de vida da população.
E com o mercado em expansão, as projeções para 2025 se tornam ainda mais positivas, destacando a importância da confiança e de um ambiente favorável para o bom desempenho do setor automotivo e do país.
Leia mais: Efeito Lula: produção industrial cresce 1,1% em setembro, após alta de 0,2% em agosto
Da Redação