Em ato na Paulista, Edinho diz que Congresso tem que entender as pautas do povo

O presidente do PT, Edinho Silva, participou do ato contra a anistia aos golpistas que ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (21). Edinho chegou no local por volta das 14 horas, quando teve início a manifestação que lotou vários quarteirões do centro da cidade. Os atos aconteceram também em diversas capitais e cidades do interior do país.

Em discurso para a multidão em São Paulo, Edinho afirmou que o tema da anistia para os que tentaram golpe de Estado não é uma pauta do povo brasileiro. Edinho ressaltou que a prioridade deve envolver propostas que atendam a população, como redução da jornada de trabalho e o fim das filas na saúde pública. “As manifestações de hoje, em todo o Brasil, que caracterizam uma data histórica, dão visibilidade à indignação do povo brasileiro. A política tem que traduzir o que de fato incomoda a maioria da população. O Congresso Nacional tem que pautar: a isenção do Imposto de Renda para os trabalhadores assalariados, a redução da jornada de trabalho, a PEC da segurança pública, o debate de medidas para o fim das filas na saúde pública, a universalização da educação integral e a tarifa zero para o transporte público”, disse ele.

“Ou as lideranças políticas entendem isso, ou a pauta do Congresso — anistia para golpistas e assassinos, prerrogativas etc. — será o fermento de mobilizações que só estão começando”, completou Edinho.

Edinho também citou a proposta de tarifa zero no transporte público de todo o país e outras pautas que atendem de fato os interesses do povo trabalhador. “Queremos tarifa zero para o povo brasileiro. Essa é a anistia que nós queremos. Que possamos criar unidade neste país e mostrar que o povo vai impor sua agenda no Congresso Nacional. Não queremos anistia para golpistas e assassinos. É o povo na rua construindo a agenda do Brasil”, disse.

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Na semana passada, a Câmara votou a urgência do projeto de anistia aos golpistas do 8 de janeiro e demais envolvidos na tentativa de golpe. A extrema-direita se articula para tentar livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro da cadeia. Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão, em regime inicial fechado. Além dele, também foi condenado o deputado federal Alexandre Ramagem e ex-ministros como Paulo Sérgio e Augusto Heleno. Bolsonaro foi condenado por liderar a organização criminosa montada para o golpe. 

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Éden Valadares

O secretário de Comunicação do PT participou da manifestação que ocorreu em Salvador. “Estamos na rua pela mudança da escala seis por um, pela taxação dos super-ricos, pela aprovação da PEC da segurança. Estamos ao lado da agenda do Brasil, da agenda do povo”, afirmou. 

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Na capital da Bahia, uma multidão tomou as ruas com faixas contra a anistia e gritos de Bolsonaro na cadeia. Toda a faixa de asfalto em frente a praia ficou ocupada por milhares de pessoas. Os atores Wagner Moura e Nanda Costa também participaram da manifestação. A cantora Daniela Mercury, de cima de um trio elétrico, conduziu protestos e se apresentou para os participantes do ato.  

Da Redação