Em ato no Planalto, movimentos sociais fazem coro contra o golpe
Para coordenador do MTST, a ofensiva golpista do impeachment representa uma ameaça à democracia e às conquistas sociais
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Representantes dos movimentos sociais reunidos no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (30), para o lançamento da terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), se uniram contra a tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Para eles, impeachment sem crime de responsabilidade é golpe.
O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou que “a ofensiva golpista do impeachment representa uma ameaça à democracia e às conquistas sociais”.
“Vivemos hoje uma perigosa e criminosa ofensiva golpista contra o que nós temos de democracia no nosso País. O impeachment está previsto na Constituição, mas impeachment sem crime de responsabilidade e conduzido por bandido na presidência da Câmara é golpe sim e não tem legitimidade”, afirmou Boulos, enquanto a plateia fazia coro “Fora Cunha”.
“Estamos nas ruas para resistir a esse golpe. E é importante que o governo compreenda quem está nas ruas contra o golpe. São os movimentos populares e o povo da periferia desse País. Nós não abriremos mão da nossa democracia e dos nossos direitos sociais”, enfatizou.
Para a presidenta da Conferência Nacional das Associações de Moradores (Conam), Bartíria Perpétua Lima da Costa, a defesa de democracia deve ser a principal bandeira dos movimentos sociais “para dar continuidade aos programas sociais deste governo e às conquistas do povo brasileiro”.
“O Minha Casa Minha Vida é fruto das reivindicações dos movimentos sociais por moradia, mas também é fruto de um governo democrático que tem a questão social como prioridade”, destacou.
“O golpe não é apenas contra o seu governo, presidenta Dilma. O golpe é contra os pobres dessa nação. E grande parte das organizações que representam os pobres do Brasil está aqui hoje e não vamos deixar que a democracia seja golpeada”, afirmou o coordenador da Federação de Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar, Elvio Motta.
Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias