Em BH, campanha pela Reforma Política recolhe duas mil assinaturas
O objetivo da mobilização foi divulgar o plebiscito popular que decidirá se a população é favor do atual sistema eleitoral
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Em três dias, a militância do PT em Minas Gerais conseguiu reunir mais de duas mil assinaturas a favor da reforma política. A campanha está desde domingo nas ruas de Belo Horizonte (MG) defendendo um novo jeito de fazer política, de forma mais justa e democrática. No domingo, os militantes estiveram na 17ª Parada de Orgulho LGBT, e, nesta terça-feira (12), atuaram na Praça Sete.
Cerca de cem pessoas, entre militantes do PT, movimentos sociais e diversas entidades da sociedade organizada se uniram. O objetivo da mobilização foi divulgar o plebiscito popular que decidirá se a população é favor do sistema eleitoral atual, além de reunir o apoio da população para o projeto de reforma proposto pelo PT.
O diálogo foi a principal ferramenta dos militantes para obter as assinaturas. De acordo com Guimas Jardim, presidente da Juventude do PT de Minas Gerais, eles mostram que é possível mudar o processo eleitoral. “Juntos nós vamos melhorar o sistema”, defende.
Segundo ele,a ação foi como um treino para a militância. “Agora eles vão poder levar esta empolgação para os bairros e suas comunidades. E poderão falar sobre a reforma para todos de forma clara”, disse.
Agora, a ação se concentrará nos comitês locais.
A reforma política proposta pelo PT se estrutura em quatro pontos: formação de uma constituinte exclusiva para tratar o sistema eleitoral, financiamento público de campanha, voto em lista preordenada e maior participação de mulheres na política.
A constituinte é uma medida democrática para que a alteração do sistema eleitoral não atrapalhe os demais trabalhos do legislativo. O financiamento público visa garantir que os políticos e seus financiadores não criem uma relação de dependência que possa atrapalhar os interesses da população.
A lista preordenada pretende fortalecer os partidos, para que eles tenham um papel mais ativo na política do País, que defendam propostas voltadas ao bem comum e não demandas pessoais. Já a participação da mulher quer reparar uma injustiça, de um país com maioria feminina ter menos 10% delas nas cadeiras do Legislativo.