Entenda a farsa do “caso triplex” em 9 passos

Documentos apresentados pela defesa provam que o imóvel nunca foi do ex-presidente Lula. Entenda o caso:

Na próxima quarta-feira (10), o ex-presidente Lula vai depor ao juiz da 13ª vara federal, Sérgio Moro, em uma ação na qual é réu por supostamente ter recebido vantagens de empreiteiras – especificamente a reforma de um triplex – em troca de favores em três contratos na Petrobras.

Aqui você vai conhecer detalhadamente a verdade por trás do “caso triplex” apresentada a partir de provas documentais reunidas pela defesa do ex-presidente. Em resumo: o triplex nunca foi do ex-presidente Lula.

1) 2005

A ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia tornou-se associada à Bancoop e adquiriu uma cota em um edifício então chamado Mar Cantábrico.

Como fez com cada cotista, a cooperativa separou um imóvel para Dona Marisa. Nesse caso, o apartamento 141, unidade padrão com 82,5 metros quadrados.

IMPORTANTE: o triplex atribuído a Lula é o apartamento número 164-A, ou seja, trata-se de uma OUTRA unidade.

2) 2005

Dona Marisa pagou R$ 20 mil de entrada e continuou a pagar as prestações do carnê até 2009.

3) 2009

A Bancoop passou por problemas financeiros e a OAS incorporou o empreendimento, cujo nome mudou de edifício Mar Cantábrico para edifício Solaris.

4) 2009

Dona Marisa desistiu do apartamento e deixou de pagar as mensalidades da cota da Bancoop. O que já havia sido pago transformou-se em ativo para ser resgatado a qualquer momento.

5) 2009

Com a desistência por parte de Dona Marisa, a unidade 141 do edifício Solaris foi vendida a um novo proprietário, conforme certidão do registro de imóveis.

6) 2006

O ex-presidente Lula NUNCA escondeu que seu único bem no Guarujá é, na verdade, a cota-parte da Dona Marisa – declarada na condição de cônjuge em comunhão de bens – na Bancoop. A informação consta na declaração eleitoral apresentada em 2006 para a reeleição, disponível aqui.

7) 2014

Um ano depois de concluída a obra do edifício Solaris, o ex-presidente Lula, acompanhado do então presidente da OAS Léo Pinheiro, visitou – pela primeira e única vez – uma outra unidade disponível no edifício: o “famoso” apartamento tríplex 164-A, com 215 metros de área privativa registrado em nome da OAS Empreendimentos S.A, matrícula 104.801 do cartório de imóveis de Guarujá.

8) 2014

Foi a única vez que Lula foi ao triplex e por considerar que o imóvel não se adequava às necessidades da família, o negócio não foi fechado.

9) 2017

A OAS permanece como proprietária do triplex e utiliza o imóvel como garantia em outros negócios, inclusive.

Como surgiu essa história?

Ao investigar a Bancoop, o Ministério Público Federal encontrou a cota de Dona Marisa e deu início a um processo de oitiva de testemunhas – sendo várias em off, ou seja, sem identificação – que, somadas a vazamentos da imprensa e pouca vontade de explicar o assunto, criou o “caso triplex”.

O auge das notícias aconteceu em 2015, quando o jornal “O Globo”, mesmo municiado com todas as informações do Instituto Lula, noticiou – com nítida má fé – que o imóvel era de Lula.

O veículo acabou processado pelo Instituto Lula. Todos os documentos apresentados pelos advogados de Lula estão aqui.

Em resumo: Dona Marisa tinha uma cota na Bancoop para o apartamento 141. Ela desistiu da cota e o imóvel foi vendido. Lula visitou o triplex número 164-A, mas não fechou negócio. Surge o “caso triplex 164-A”.

 

 

Da Redação da Agência PT com Lula.com.br

 

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