“Estou bem, justamente, porque estou do lado da verdade”, afirma Lula

Em entrevista ao Le Monde, ex-presidente afirmou que cabe ao povo brasileiro defender a Amazônia, já que “não podemos esperar nada de Bolsonaro e seus ministros”

Ricardo Stuckert

Desde que o The Intercept Brasil começou a publicar os chats dos integrantes da Operação Lava Jato, fica ainda mais evidente a farsa da prisão de Lula. Em entrevista ao jornal francês Le Monde, o ex-presidente reafirmou sua esperança de que a justiça será feita: “Eu sei que sou inocente e que aqueles que me colocam na prisão são mentirosos. Um dia as pessoas serão responsabilizadas sobre o que aconteceu neste país”.

Lula tem duras críticas à Sérgio Moro, premiado por Bolsonaro por suas manobras políticas à frente da Lava Jato, mas afirma não alimentar ódio ou planejar vingança: “Sou um homem sem espírito de vingança, sem ódio. E eu estou bem, justamente, porque estou do lado da verdade. E, no final, é sempre ela que ganha”.

Esperando sua merecida liberdade, Lula assiste o desastre do atual governo. O povo brasileiro sente saudades do ex-presidente e já se arrepende de não ter escolhido Haddad. Segundo Lula, o desgoverno tende a piorar: “É um governo de destruição, sem nenhuma visão de futuro, sem programa, que não é qualificado para o poder”.

A Amazônia e a soberania nacional

Uma das principais preocupações do ex-presidente é com a Amazônia, destruída pelas queimadas e essencial para a soberania brasileira: “A Amazônia é propriedade do Brasil. Ela faz parte do patrimônio brasileiro. É o Brasil quem tem que cuidar dela”, afirmou.

Lula destacou os avanços de seu governo na preservação, responsável pela criação do Fundo Amazônia, ameaçado pelas declarações desrespeitosas de Bolsonaro: “Não é preciso ser ignorante, a ajuda internacional é importante. Mas não podemos esperar nada de Bolsonaro e seus ministros sobre essa questão”.

Ainda sobre as relações exteriores, Lula manifestou seu repúdio aos ataques grosseiros de Jair à Macron e sua esposa: “Sou solidário a Emmanuel Macron, depois dos insultos contra sua esposa. Foi uma grosseria injustificável, e isso não tem nada a ver com o povo brasileiro”. Também lembrou que sempre teve “excelentes relações com todos os presidentes franceses”.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da RFI

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