Ex-assessor de Flávio Bolsonaro não comparece à depoimento
O motorista Fabrício Queiroz está há semanas desaparecido e sem prestar esclarecimentos sobre a movimentação suspeita de R$1,2 milhão em sua conta
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As suspeitas de corrupção sobre a família Bolsonaro se fortalecem a cada dia. Convocado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro a prestar depoimento nesta quarta-feira (19) sobre movimentações financeiras suspeitas que somam R$ 1,2 milhões, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, não compareceu para dar seu testemunho. O depoimento foi remarcado para esta sexta-feira, dia 21.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou uma movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. O relatório do Coaf foi anexado pelo Ministério Público Federal à investigação que apura um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e prendeu dez deputados estaduais, no dia 8 de novembro.
Fabrício José Carlos de Queiroz foi exonerado do gabinete de Flávio Bolsonaro no dia 15 de outubro deste ano. O ex-assessor, que também policial militar, atuava como motorista e segurança do filho de Bolsonaro. O Coaf é a unidade responsável por monitorar e receber todas as informações dos bancos sobre transações suspeitas ou atípicas.
No sábado (15), suriram fortes indícios de que ao menos um funcionário do deputado carioca e filho do presidente eleito tenha repassado 99% do salário ao ex-assessor Fabrício José Carlos Queiroz.
A suspeita veio à tona após análise na movimentação financeira de Queiroz na Assembleia Legislativa do Rio. Sua filha e também servidora do gabinete do deputado Nathalia Melo de Queiroz, por exemplo, repassou a pai R$ 97.641,20, (salário médio de R$ 7.510,86 mensais), praticamente todo o seu salário líquido durante o período em que trabalhou na casa.
Da redação da Agência PT de notícias