Para esconder rachadinha, Flávio usou governo e perseguiu servidores
Jornal mostra como auditores da Receita Federal foram investigados após pedido feito por advogados de Flávio Bolsonaro

Jornal mostra como auditores da Receita Federal foram investigados após pedido feito por advogados de Flávio Bolsonaro
Deputada Natália Bonavides (PT-RN) pede investigação sobre encontro de Flávio Bolsonaro com secretário da Receita Federal, na casa do senador. A suspeita é de que o funcionário teria passado informações privilegiadas sobre caso das rachadinhas
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) denuncia o Banco Regional de Brasília à Justiça por empréstimo irregular a Flávio Bolsonaro para compra de mansão milionária
Reportagem especial do UOL mostra que funcionários do gabinete de Bolsonaro, quando ele era deputado, realizaram inúmeras movimentações bancárias típicas da prática ilegal
“Dado o aspecto nebuloso que essa transação guarda, é importante que haja esclarecimento sobre a origem do recurso”, afirma o senador Humberto Costa (PT-PE)
A ação pede investigação sobre a atuação da Abin no caso das “rachadinhas’ e pede o afastamento imediato do chefe da Abin, Alexandre Ramagem. Os parlamentares afirmam que o chefe da Abin cometeu atos ilícitos de desvio de finalidade e abuso de poder para proteger o senador Flávio Bolsonaro. Assinam a ação os deputados federais Enio Verri (PT-PR), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Paulo Pimenta (PT-RS) e Natalia Bonavides (PT-RN). A ação reafirma medida adotada pela partido no início da semana junto ao STF.
Deputada petista quer apuração do Congresso Nacional sobre denúncias de uso do aparato federal de inteligência para atender a interesses de Bolsonaro e seus filhos. Ministra Carmen Lúcia, do STF, determinou investigação da PGR sobre a colaboração da Abin com a defesa de Flavio Bolsonaro. “As instituições do Estado não podem ser um puxadinho da família Bolsonaro”, afirmou Bonavides. “É essencial que os órgãos que têm a atribuição de investigar e fiscalizar tomem para si a responsabilidade de buscar provas, pois é notório que há indícios do uso ilegal da inteligência por parte da família Bolsonaro”
Representação da bancada do PT na Câmara dos Deputados cobra do órgão a apuração da participação do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e de Alexandre Ramagem, chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), na elaboração de relatórios entregues à defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos- RJ) no processo que envolve “rachadinhas” e o laranja Fabrício Queiroz
A representação feita pelo PT, Psol e Rede junto ao Conselho de Ética do Senado tem por base as novas informações sobre relatório feito pela Abin para defender o parlamentar no processo das “rachadinhas”
“Sistema particular de informação” citado na reunião de 22 de abril produziu relatórios para orientar defesa do filho mais velho na tentativa de anulação das investigações sobre o Caso Queiroz. Gleisi Hoffmann considera a denúncia gravíssima e “motivo mais que suficiente de impeachment”
Jornais influentes como os ingleses ‘The Guardian’ e ‘Financial Times’, os americanos ‘New York Times’, ‘Washington Post’ e ‘Wall Street Journal’, além das agências internacionais de notícias – como Associated Press, France Presse e Reuters – destacam acusações contra Flávio Bolsonaro por desvio de dinheiro público. “O senador de 39 anos é acusado de pertencer a uma organização criminosa”, destaca a mídia estrangeira
Segundo a denúncia, o filho do presidente Jair Bolsonaro liderou uma quadrilha que desviou dinheiro público, cometeu crime de lavagem de dinheiro e apropriação indébita de recursos. O PM aposentado Fabrício Queiroz, amigo pessoal da família, é apontado como o operador do esquema ilegal. Ex-assessora admitiu que “rachadinha” funcionou por mais de uma década. Bolsonaro e família não se pronunciaram até agora
A liberdade de imprensa conta com garantias legais e constitucionais. Nesse sentido, é no mínimo singular que a censura e coação emanem de ordens judiciais, sob as mais estapafúrdias justificativas, adverte em artigo a advogado Tânia Maria Saraiva de Oliveira