Ex-ministros da Saúde e ex-presidentes da ANS e Anvisa declaram apoio a Lula

‘Manifesto pela Democracia e em defesa do SUS’ alerta que Bolsonaro ameaça uma série de conquistas do SUS: “A irresponsabilidade e a desídia” do ex-capitão “não têm limites”

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Ex-ministros da Saúde e ex-presidentes da ANS e Anvisa divulgam manifesto de apoio a Lula

Um grupo de ex-ministros da Saúde e ex-presidentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta terça-feira, 18, um manifesto a favor da candidatura de Lula à Presidência.

O documento ‘Manifesto pela Democracia e em defesa do SUS’ afirma que Bolsonaro ameaça uma série de conquistas do Sistema Único de Saúde (SUS) e que a “irresponsabilidade e a desídia” do ex-capitão “não têm limites”.

Assinam o manifesto Humberto Costa, Arthur Chioro, Alexandre Padilha e Marcelo Castro, além de Armando Raggio, Gonzalo Vecina e Marcus Pestana, além de ex-presidentes dos conselhos municipais e estaduais de Saúde.

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De acordo com o manifesto, a chapa composta por Lula e pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) é a única alternativa para a promoção de avanços no âmbito do SUS.

“Implementar políticas intersetoriais que enfrentem os determinantes sociais que afetam diretamente a saúde da população, tais como o enfrentamento da insegurança alimentar, do desemprego e da queda de renda e da destruição do meio ambiente, entre outros”, diz um trecho do manifesto.

Outra parte do documento adverte: “A atuação do presidente no enfrentamento da pandemia é expressão cabal da falta de compromisso com a saúde e com a vida dos brasileiros”. E prossegue: “Bolsonaro lidou com a pandemia de forma irresponsável e como consequência desastrosa o País tem mais de 687 mil mortos pela Covid-19. Substituiu a gestão técnica e científica por uma linha de comando militar e submissa aos interesses do Centrão.”

Leia o manifesto, na íntegra, abaixo:

MANIFESTO: Pela democracia em defesa do SUS, votamos Lula/Alckmin

“A eleição de Lula representa a única possibilidade de fortalecer e promover avanços no SUS e implementar políticas intersetoriais que enfrentem os determinantes sociais que afetam diretamente a saúde da população”

O SUS é uma das pedras angulares da nossa democracia e um dos principais vetores de combate à desigualdade social. Sua construção, ao longo de mais de três décadas, é fruto de um desafiador contrato social tecido ao longo de vários governos, que permitiu que se transformasse em uma política de Estado, que encontrou meios legais para se financiar e prestar ações e serviços com base em responsabilidades compartilhadas entre entes federativos, governo e sociedade.

A despeito de ainda persistirem imensos desafios para sua plena implementação, seu legado permitiu, entre outras conquistas, o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, a redução da mortalidade infantil e uma ampla cobertura vacinal. Programas como os de imunização, combate ao HIV, hepatites, tabagismo, assistência farmacêutica, entre outros, viraram referências e um fator distintivo do Brasil no mundo. É inegável que o SUS proporcionou mais qualidade de vida a partir da premissa de que a saúde é um direito universal e um dever do Estado.

Essas conquistas, todavia, têm sido seriamente ameaçadas pelo Governo Bolsonaro. A atuação do presidente no enfrentamento da pandemia é expressão cabal da falta de compromisso com a saúde e com a vida dos brasileiros. Bolsonaro lidou com a pandemia de forma irresponsável e como consequência desastrosa o país tem mais de 687 mil mortos pela COVID-19. Substituiu a gestão técnica e científica por uma linha de comando militar e submissa aos interesses do Centrão. Sua irresponsabilidade e desídia não têm limites.

Os princípios fundamentais do SUS passaram a ser solapados insidiosamente. A desestruturação das políticas de atenção básica, imunização, saúde mental, saúde da mulher e assistência farmacêutica são alguns exemplos de retrocessos inaceitáveis. A situação se agrava ainda mais pelo atual padrão de desfinanciamento do SUS e a introdução inaceitável das emendas secretas, que ampliam as iniquidades regionais e desorganizam o sistema de saúde.

Cuidar da saúde do povo brasileiro tornou-se, mais do que nunca, um desafio central para o governo que será eleito em 30 de outubro.

A eleição de Lula/Alckmin representa hoje a única possibilidade de fortalecer e promover avanços no SUS e implementar políticas intersetoriais que enfrentem os determinantes sociais que afetam diretamente a saúde da população, tais como o enfrentamento da insegurança alimentar, do desemprego e da queda de renda e da destruição do meio ambiente, entre outros, que juntamente com as consequências prolongadas da pandemia de covid-19, degradam as condições de vida e têm repercussões profundas no nosso sistema de saúde. Tarefa primordial será reconstruir o pacto interfederativo, solidário e cooperativo, envolvendo e responsabilizando as três esferas de governo no compromisso de retomar a implementação do SUS, a partir de seus princípios constitucionais, como um compromisso cívico inadiável em defesa da vida.

É por isso que agora, no segundo turno, estamos juntos e votaremos em Lula/Alckmin, pelo futuro do Brasil, pela democracia e em defesa do SUS.

Assinam:

Ex-ministros da Saúde

Ex-presidentes do CONASS

Ex-presidentes do CONASEMS

Ex-presidentes da ANS

Ex-presidentes da ANVISA

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 Da Redação, com informações da Carta Capital

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