Ex-presidente da Caixa contesta indiciamento pela PF

A ex-presidenta da Caixa Econômica Federal Maria Fernanda Ramos Coelho divulgou nota nesta terça-feira, 15 de setembro, rebatendo a acusação de gestão temerária na compra do banco de Sílvio Santos. “Os trâmites para a aquisição das ações do Banco Panamericano foram realizados dentro dos procedimentos técnicos, legais e de acordo com as boas práticas de mercado vigentes, conforme pareceres de órgãos de controle e fiscalização que analisaram a operação”, aponta.

Leia a íntegra da nota abaixo:

Nota à Imprensa

Acerca da notícia divulgada pela Folha de S.Paulo, em 15 de setembro, de que, após dez anos de investigações, a “PF indicia nove executivos por gestão temerária na compra do Banco de Sílvio Santos”, apresento os seguintes fatos:

1. Os trâmites para a aquisição das ações do Banco Panamericano foram realizados dentro dos procedimentos técnicos, legais e de acordo com as boas práticas de mercado vigentes, conforme pareceres de órgãos de controle e fiscalização que analisaram a operação;

2. O que houve no Banco Panamericano foi uma fraude promovida pelos ex-executivos do Banco Panamericano, conforme está documentado;

3. O valor da compra pela CAIXA foi de R$ 740 milhões, pagos em 2009 e 2010; o valor da participação da CAIXA no Banco Pan registrado no Relatório da Administração de 2019 foi de R$ 1.278.000.000,00 (um bilhão, duzentos e setenta e oito milhões de reais);

4. O Banco Pan teve lucro líquido no 1º trimestre de 2020 de R$ 170,6 milhões, o Patrimônio Líquido é de R$ 5,02 bilhões;

5. Em 27 de agosto de 2020, a CAIXA levantou R$ 743,7 milhões na venda das ações preferenciais que detinha do Banco Panamericano e ainda possui 49,5% das ações ordinárias. Isso pode ser visto em notícia do jornal Valor Econômico – Caixa Vende Ações do Pan e BV retoma IPO.

Maria Fernanda Ramos Coelho

Ex-Presidenta da CAIXA de março de 2006 a março de 2011.