Falcão: Não aceitamos que o PT seja objeto de execração pública
Sobre os protestos contra o PT e contra a presidenta Dilma, Falcão disse que “a melhor panela é a panela cheia”. Ele também falou sobre corrupção, renovação e 5º Congresso Nacional da legenda
Publicado em
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, saiu em defesa da legenda em entrevista ao jornal “Brasil Econômico”.
“Não é a primeira vez que somos alvo de ataques. O PT ajudou a construir a democracia no Brasil e tem muitos compromissos com o futuro do nosso país”, enfatizou.
Falcão falou sobre a importância do 5º Congresso Nacional do PT, que acontecerá entre os dias 11 e 13 de junho, em Salvador (BA). Segundo ele, este será um momento de fazer um balanço da participação da legenda no governo, propor ações para os próximos anos e corrigir eventuais erros.
“É um momento de muita reflexão, mas também de autocrítica, de fazer um balanço com humildade, porque nenhum partido é perfeito”, disse.
“O que não estamos aceitando neste momento é que o PT seja objeto de execração pública, essa tentativa de nos criminalizar, ao mesmo tempo em que se tenta criminalizar os movimentos sociais”, completou.
Sobre as manifestações contra o partido e contra a presidenta Dilma Rousseff, Falcão ressaltou que “a melhor panela é a panela cheia”.
“Acho ruim as pessoas se manifestarem com panelas em vez de argumentos, mas é um direito. A melhor panela é a panela cheia, que o trabalhador brasileiro passou a ter depois que ganhamos a eleição, em 2002”, respondeu.
O presidente do PT defendeu o prosseguimento das investigações da Operação Lava Jato. Ele voltou a dizer que é preciso garantir uma Justiça igual para todos e reafirmou que os condenados por maus feitos ou ilegalidades serão expulsos do partido.
“O que não queremos é que haja vazamentos seletivos, como tem ocorrido desde o início da apuração desse processo. (…) E, ao final do processo, com ampla defesa, os condenados sofram os rigores da lei”, afirmou Falcão.
Sobre a prisão preventiva do ex-secretário de Finanças da legenda, João Vaccari Neto, o dirigente afirmou acreditar na inocência do petista.
“Eu acho que não há razões para prisão preventiva. Todas as vezes em que lhe foi solicitado, ele prestou esclarecimentos, foi à Polícia Federal, depôs na CPI, embora não fosse obrigado a depor. Nosso advogado está procurando demonstrar isso. Acho que quem acusa, tem que provar”, falou.
Falcão também defendeu o financiamento público de campanhas eleitorais e a fixação de um teto para estes gastos, de forma a “baratear” custos.
“Uma das maneiras de baratear campanha é o financiamento público, o regramento dos partidos, a lista partidária para ter voto programático”, explicou o presidente do PT.
“As medidas de reforma política poderiam mudar a descrença da população nos processos de representação”, completou.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do “Brasil Econômico”