Feira de Santana: Zé Neto quer um governo democrático

Durante pré-campanha, candidato petista realizou ao menos 12 reuniões nos mais distintos pontos da cidade para elaboração de um Plano de Governo Participativo

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O deputado estadual Zé Neto foi o primeiro vereador eleito pelo PT em Feira de Santana, município baiano de 700 mil habitantes, e quer ser também o primeiro prefeito pela sigla na cidade.

O político critica a atual gestão por não governar para os mais pobres e já na pré-campanha mostrou ser diferente: realizou ao menos 12 reuniões nos mais distintos pontos da cidade para elaboração de um Plano de Governo Participativo (PGP).

“Fomos saber o que população acha e espera para Saúde, Educação, Cultura, Comunicação, Infraestrutura e Transporte. Fomos aos distritos mais distantes ouvir o povo trabalhador e humilde sobre suas vivências e expectativas”, contou.

Entre as prioridades de um possível mandato com o jeito petista de governar, Zé Neto elenca a necessidade de um hospital municipal público e reestruturação da rede de transporte coletivo, que hoje atende uma parte ínfima dos cidadãos feirenses.

“Somente 12% da população pega transporte público, que é caro e tem uma prestação de serviço terrível. Além de fomentar um trânsito perigoso, há muita clandestinidade por aqui, sobretudo por motocicletas”, conta.
Em recente encontro com o prefeito da capital paulista, Fernando Hadadd, o candidato baiano disse ter ficado animado com a conversa e visto bons exemplos de mobilidade urbana.

“O governo Haddad é a melhor experiência na história de São Paulo em todos os aspectos, inclusive na questão de transportes”, alegou. Entre as novidades implementadas pelo líder paulistano nesta área estão os corredores de ônibus, ciclofaixas e Bilhete Único mensal.

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Feira de Santana tem o terceiro Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia, atrás apenas da capital Salvador e de Camaçari, com riquezas estimadas em mais de R$ 10 milhões, segundo medição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Porém, muitos dos trabalhadores autônomos continuam na informalidade. Zé Neto pretende reverter esse quadro ao incentivar a formalização nas mais diferentes modalidades, como por exemplo através do sistema de Micro Empreendedor Individual (MEI). Artesãos, vendedores ambulantes e feirantes são algumas das profissões exercidas na cidade e sem qualquer tipo de proteção social.

A disputa pela prefeitura, no entanto, deve ser difícil, sobretudo pelo fato de o carlismo, como chama o movimento de seguidores de Antônio Carlos Magalhães ser influente na região.

“O atual prefeito vai usar de todo arsenal do fisiologismo para se manter no poder, não será fácil, mas acreditamos no projeto. Faremos campanha com a convicção e orgulho de participar de um partido que quebrou paradigmas, fez o Brasil andar de pé e promoveu as melhores e mais significativas mudanças na Bahia e em Feira de Santana”, diz o candidato.

O deputado estadual já tentou ser prefeito de Feira de Santana no pleito de 2012, mas não foi eleito. A empreitada, no entanto, lhe deu experiência para seguir com a carreira pública e ajudar os mais necessitados. “A disputa não é só eleitoral, mas também disputa de projeto. O que me destaca dos mais concorrentes é a gestão participativa que o PT empenha e que podemos aplicar na cidade”, falou Zé Neto.

A escolha do advogado Osvaldo Ventura, militante histórico do PC do B de Feira de Santana, também pode atrair mais votos, sobretudo das pessoas preocupadas com questões sociais. “A escolha dele e do partido dá muita energia, sou muito confortável com a chapa formada. Mesmo num momento difícil um bom partido se aliar e acreditar na gente dá animo”, disse.

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O governador da Bahia, Rui Costa, deverá estar em passeatas e campanhas de Zé Neto, que é o líder de governo na Assembleia Legislativa da Bahia e cumpre o terceiro mandato.

Os recentes acontecimentos em Brasília e medidas antipopulares do presidente interino, na avaliação de Neto, não devem prejudicar tanto a campanha em feira de Santana. Muito pelo contrário, até mesmo ajudá-lo a impulsionar e conquistar mais votos.

“As pessoas já perceberam que pobre, nordestino e nortista é quem vão pegar o preço do golpe com as restrições de direitos promovidas por Michel Temer”.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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