Fim do regime de partilha é sonho de Marina e tucanos

Regime de exploração do Pré-Sal garante o fortalecimento da industria nacional, diz presidente da Federação dos Petroleiros, José Maria Rangel

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Regime de Partilha e conteúdo local são políticas que garantem o desenvolvimento e emprego no Brasil

O presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, defende que fazer da Petrobras operadora única do Pré Sal e exigir conteúdo nacional nos navios e plataformas construídas no país são formas de fortalecer o Brasil. Por isso, ele critica o programa de Marina Silva (PSB), que procura reverter o modelo de partilha e favorecer as petroleiras internacionais. “Quem trabalha para desmontar esta política de Estado só pode estar pensando em privatização”, disse Rangel.

Na segunda-feira (15), primeiro dia da maior conferência de petróleo e gás da América Latina, a Rio Oil & Gas, o coordenador da campanha do PSB, Walter Feldman, disse que plano de conteúdo local e o regime no Pré-Sal poderá ser mudado caso a candidata vença as eleições.

Pelo regime de partilha, adotado pelo governo de Lula em 2010, todas as áreas de exploração do pré-sal são controladas pela Petrobras. Ou seja, é o Estado que controla a exploração. Além disso, o regime prevê que a estatal tenha participação de, no mínimo, 30% em todas as áreas licitadas.

Feldman chamou a política de conteúdo local de “doutrinária” e disse que executivos do setor se queixaram dela. A política exige que 60% da compra de componentes seja feitos no Brasil. “Quem se diz contra o conteúdo nacional tem que dizer também que é contra gerar empregos no Brasil. Além dos empregos, o país voltou a ter excelência na construção naval, o que é fantástico”, avalia Rangel.

Lula – “Me lembro bem que o primeiro programa de TV de Lula em 2002 , foi em frente ao estaleiro em Angra dos Reis , quando mostrou o abandono da nossa indústria naval e se comprometeu a reativar os nossos estaleiros. Promessa cumprida”, lembra Rangel.

O presidente da FUP lembra de como a Petrobras era gerida nos governos PSDB. Para ele, os tucanos tentaram privatizar a Petrobras, por meio de seu sucateamento. “O que foi o afundamento da P-36? E os vazamentos na Baía de Guanabara e no Rio Paranaguá?”, questiona.

Rangel mostra números para defender a estatal “Em 2002 a empresa valia R$ 54 bilhões , hoje vale R$ 289 bilhões. Investia em 2002 R$ 18,8 bilhões, hoje investe R$ 104 bilhões. Tinha um lucro de R$ 8,1 bilhões; em 2013 foi de R$ 23,5 bilhões”, informou.

“Os números são incontestáveis , a Petrobras mudou de cara nos governos Lula e Dilma a volta dos tucanos ou Marina, que tem seus mentores econômicos vindos do mesmo ninho, vai acabar com a Petrobras”, concluiu.

Petrobras – De acordo com José Antônio de Figueiredo, diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais da Petrobras, com a política de conteúdo local, a estatal se estrutura e passa a ter uma política de médio a longo prazo: “Para cada empreendimento é feito o planejamento do conteúdo local mínimo que a indústria pode atender em bases competitivas e sustentáveis.”

“Com seu plano de negócio a companhia passa a dar ao mercado nacional a possibilidade de fazer o seu planejamento de 5,10,30 anos e com isso a indústria pode se preparar para as demandas da Petrobras em termos de investimentos”, avalia.

Para a presidente da estatal, Graça Foster, a política traz muitas vantagens: “Você faz a compra de um equipamento, você faz a pós-venda e uma manutenção muito mais ágil, mais rápida e de custo menor porque o seu fornecedor está no Brasil”.

Outra vantagem, segundo Foster, é o tempo de entrega: “Tem uma agilidade muito maior na logística, de transporte e um tempo menor de entrega”, declara. “Quando você pensa com a cabeça no Brasil você consegue contaminar, de forma positiva, todos os elos que advém desse seu projeto.”

 

Por Aline Baeza, da Agência PT de Notícias

 

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