Focus #135: Ditadura nunca mais
Edição desta semana da Focus Brasil destaca a memória dos 60 anos do golpe militar de 1964 pela publicação de reportagens especiais e artigos. Confira
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O aniversário de 60 anos do golpe militar de 1964 no Brasil ganhou uma série de reportagens, artigos e manifestações de lideranças na edição desta semana da Focus Brasil, editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA).
Na reportagem de capa, a Focus traça uma radiografia do golpe, estabelecida a partir de uma linha do tempo. “Os militares chegaram para ficar – e ficaram”, destaca a revista. “O objetivo era claro: interromper os avanços sociais, nominar o inimigo com o fantasma do comunismo, como se um dia de fato o Brasil tivesse passado perto de uma revolução aos moldes de Cuba, o grande bode expiatório até hoje”, adverte a reportagem.
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“A tortura e o assassinato sistemático de militantes políticos por órgãos de repressão política, como o DOI-Codi (Departamento de Operações Internas do Exército), o Cisa (Aeronáutica) e o Cenimar (Marinha), além dos DEOPS (Departamentos de Ordem Política e Social dos estados), passaram a ser uma política de Estado”, diz o texto.
“Seis décadas depois, a memória segue viva, tanto em atos de resistência, quanto na prática política diária”.
Na seção Carta ao Leitor, o diretor Alberto Cantalice também navega pelas águas sombrias do golpe de 1964. “O golpe civil-militar de 1964 ficará para sempre como nódoa incrustada na história do Brasil”, pontua Cantalice. “Além da ruptura da ordem democrática, o que por si só é de gravidade ímpar, obstruiu a aplicação das chamadas Reformas de Base”.
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O diretor faz um paralelo entre o espírito golpista de 1964 e as forças reacionárias civis e fardadas que atentaram contra o Estado Democrático de Direito em 2022, tendo à frente Jair Bolsonaro. “A falta de punição aos golpistas de 1964 não poderá se repetir agora”, alerta Cantalice.
“Os filhotes da ditadura que tentaram golpear a democracia tendo à frente o Capitão, alguns Chefes militares, empresários, policiais, entre outros, têm que ser severamente punidos. Não basta a captura das sardinhas. E sim, dos tubarões”, defende.
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A revista também repercute a emocionante manifestação da ex-presidenta Dilma Rousseff, vítima de atos brutais de tortura pelos militares nos anos 1970. “No passado, como agora, a História não apaga os sinais de traição à democracia e nem limpa da consciência nacional os atos de perversidade daqueles que exilaram e mancharam de sangue, tortura e morte a vida brasileira durante 21 anos”, escreveu Dilma.
“Tampouco resgata aqueles que apoiaram o ataque às instituições, à democracia e aos ideais de uma sociedade mais justa e menos desigual. Ditadura nunca mais!”, exclamou a petista.
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Da Redação