Lembrar para não esquecer: PT no Senado defende “golpe nunca mais”

Seis décadas após o golpe militar de 1964, senadores do PT defendem a democracia como única saída possível para o Brasil. “Democracia sempre! Ditadura, nunca mais!”, destaca Paulo Paim

Evandro Teixeira / Site do PT

Povo nas ruas lutando pelo retorno da democracia durante regime militar

Há 60 anos, tinha início o golpe que levou o Brasil às duas décadas mais tristes e sombrias de sua História. Para o PT, manter viva a memória desse período enfrentado pelo país se torna ainda mais fundamental no momento em que um ex-presidente acusado de comandar um novo e frustrado golpe de Estado desafia as leis nacionais e mesmo internacionais. Para ele e todos os outros que atentaram contra a democracia brasileira, o PT defende punição exemplar pelos crimes cometidos.

O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, resumiu o sentimento da bancada do PT e destacou a necessidade de vigilância permanente em defesa do Estado Democrático de Direito e da democracia no Brasil.

“A democracia é um processo contínuo, presente no fortalecimento das instituições, na soberania do voto, no avanço da participação popular e das diversas manifestações políticas, culturais e sociais, no respeito aos direitos humanos. Democracia sempre! Ditadura, nunca mais!”, destacou o senador

A ditadura militar no Brasil se estendeu até 1985, mas suas marcas permanecem, expressas pela cultura autoritária ainda presente em setores da sociedade e do Estado brasileiro.

Além disso, o Congresso Nacional foi fechado quatro vezes, em 1965, 1966, 1968 e 1977, com a cassação de mandatos e perseguição a parlamentares, numa onda de violência que varreu o país sob a égide de atos institucionais.

O senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, comparou o golpe de 1964 e a tentativa de golpe de 8 de janeiro do ano passado e afirmou não haver diferença entre os golpistas do passado e os golpistas do presente que tentam atacar a democracia brasileira.

A ex-presidenta Dilma Rousseff, que chegou a ser presa e torturada durante a ditadura, apontou que manter a memória e a verdade sobre o golpe “é crucial para assegurar que essa tragédia não se repita, como quase ocorreu recentemente, em 8 de janeiro de 2023”.

“No passado, como agora, a História não apaga os sinais de traição à democracia e nem limpa da consciência nacional os atos de perversidade daqueles que exilaram e mancharam de sangue, tortura e morte a vida brasileira durante 21 anos. Tampouco resgata aqueles que apoiaram o ataque às instituições, à democracia e aos ideais de uma sociedade mais justa e menos desigual. Ditadura nunca mais!”, disse a ex-presidenta.

Do PT no Senado

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