Focus Brasil #121: Repatriados
Revista repercute resgate histórico de brasileiros e familiares palestinos em Gaza: “Lula foi até a Base Aérea de Brasília para receber o grupo e disse que segue em negociações para uma segunda lista de nomes”
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O resgate histórico de um grupo de 32 brasileiros e familiares palestinos da Faixa de Gaza, região central do conflito entre Israel e o grupo Hamas, ganhou destaque na primeira página da revista Focus Brasil desta semana, editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA). “Após uma espera de mais de três semanas pela permissão das autoridades envolvidas na guerra, finalmente chegaram ao Brasil os 22 brasileiros e 10 familiares palestinos próximos que pediram ajuda do governo brasileiro para deixar a Faixa de Gaza”, informa a Focus.
A revista destacou também as declarações do presidente Lula sobre os esforços do governo brasileiro para trazer outros brasileiros da região de conflito. “A gente vai tentar fazer todo esforço que estiver ao alcance da diplomacia brasileira para tentar trazer os brasileiros que lá estão e que querem voltar ao Brasil”, afirmou Lula.
Na seção Carta ao leitor, o diretor da FPA Alberto Cantalice alerta para os desdobramentos da guerra que está massacrando o povo palestino. “O bombardeio contínuo sobre a Faixa de Gaza choca e envergonha o mundo. A crueldade na morte de civis, principalmente crianças foge de qualquer racionalidade”, criticou.
“As manifestações cada vez mais massivas ao redor do mundo tem servido para demonstrar a indignação internacional com o massacre e posto pressão nos governos para que intervenham por um cessar-fogo imediato”, observou o diretor da FPA. “O Brasil deve continuar buscando o fim do conflito e seguir junto aos foros internacionais trabalhando pela constituição plena dos dois estados: Palestina e Israel”.
No artigo “O sionismo como ele é”, o professor de Relações Internacionais e Economia da Universidade Federal do ABC (UFABC), Giorgio Romano Schutte, aborda as raízes históricas do atual conflito no Oriente Médio e o quadro atual da crise.
“Hoje em dia o sionismo não é mais laico, nem tem a fachada socialista dos Kibutz, ele assume de vez a cara de um extremismo de direita liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que ocupa, desde dezembro 2022, pela terceira vez, o posto (primeira de 1996-1999, segundo de 2009-2021)”, lembra o professor.
“O terror contra o povo palestino não começou em 7 de outubro, mas ganhou novamente visibilidade perante a opinião pública”, aponta. “O conflito ganhou a cara que tem: uma herança do colonialismo e imperialismo ocidental. Não sabemos como essa fase do conflito vai terminar, mas é certo que a tentativa de apagar o povo palestino foi derrotada”, conclui.
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