Fórum Popular da Educação define estratégias contra desmonte de Bolsonaro
A resistência ao governo ultraliberal do presidente eleito passa por uma “disputa da sociedade pela educação”, afirma secretário-geral da UNE
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Jair Bolsonaro já deixou claro que vai desmontar a Educação do país em todas as suas esferas, desde o ensino fundamental básico ao ensino superior. Por isso, o Fórum Nacional Popular da Educação (FNPE) realizou uma plenária, nesta sexta-feira (30), para debater as estratégias de resistência ao desgoverno do presidente eleito.
O encontro contou com representantes de diversas entidades ligadas à educação como a União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes (Ubes), Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa (Anped), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee).
O secretário-geral da UNE e estudante da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Mário Magno, revelou que o fórum debateu todos as medidas anunciadas por Bolsonaro que vão sucatear a educação pública no Brasil. Segundo ele, a resistência ao governo ultraliberal do presidente eleito passa por uma “disputa da sociedade pela educação”.
“Definimos que é preciso fortalecer uma frente pela educação pública. As medidas de Bolsonaro, como cobrar mensalidade nas universidades públicas, ou o ensino fundamental à distância, atacam o acesso dos mais pobres à educação. Por isso, este é um momento de caminhar com união de todas entidades”, aponta Magno.
Ainda segundo o secretário-geral da UNE, o fórum também fez um balanço do processo eleitoral, uma vez que pautas ligadas à educação foram exploradas por Bolsonaro para disseminar suas fake news. “A campanha de Bolsonaro usou a importância da educação para espalhar mentiras, como foi o caso do chamado kit gay nas escolas”, destaca Magno.
O militante lembrou ainda a perseguição ideológica que Bolsonaro promoveu nas escolas de todo o país a partir das Eleições e ainda apontou o risco de se intensificarem ao longo de seu governo.
“Com o suporte de movimentos como o MBL, Bolsonaro promoveu uma verdadeira criminalização de professores, como os ataques as universidades ao longo da disputa eleitoral. Por isso, é preciso fazer a disputa de valores e ideológica, porque é o que o novo governo quer fazer com projetos como o Escola Sem Censura”, finaliza Magno.
Da redação da Agência PT de Notícias