Frentes convocam paralisação contra o desmonte da Previdência
Organizado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, a mobilização acontecerá em todo o país no dia 15 de março
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As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo convocam os brasileiros a engajarem-se na luta para barrar o desmonte da Previdência e o fim da aposentadoria.
O Dia Nacional de Paralisação Contra a Reforma da Previdência está marcado para quarta-feira, dia 15 de março.
“É preciso organizar a resistência e conscientizar a população nos seus locais de trabalho, nas escolas e universidades, no campo e na cidade sobre o brutal ataque aos direitos que vem sendo patrocinado por um governo e uma esmagadora maioria do Congresso Nacional, que não tem compromisso com o povo. É preciso fazer a luta nas ruas!”, dizem as frentes organizadoras.
A proposta de Michel Temer foi feita sem discussão com a sociedade civil e pretende igualar a idade mínima de 65 anos entre homens e mulheres. Além disso, o texto propõe 49 anos de contribuição ininterruptas, ou seja, dificilmente os brasileiros conquistarão a aposentadoria.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) também apoia a mobilização e convoca toda a classe trabalhadora para ir às ruas contra este desmonte.
Para Vagner Freitas, presidente da central, a paralisação nacional é a única forma de impedir o desmonte da Previdência imposto pelo governo ilegítimo de Temer.
No vídeo, Vagner convoca os trabalhadores e trabalhadoras para cruzar os braços contra a Reforma da Previdência. “Temer, você não vai retirar nossos direitos, não vamos morrer trabalhando”, afirma o dirigente.
As mobilizações acontecerão em todo o país e, em São Paulo, por exemplo, a concentração será no Masp, a partir das 16h.
Greve da educação
A data foi inicialmente convocada pelos sindicatos da educação básica, como início da greve nacional da educação, e depois incorporada pelas centrais sindicais como um dia nacional de mobilização. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) realizará uma assembleia estadual, às 14h, na Praça da República (SP), para avaliar a continuidade da greve e os próximos passos do movimento contra o desmonte da Previdência e em defesa do direito dos trabalhadores.
Após a assembleia, as professoras e os professores sairão em caminhada para participarem do ato unificado das centrais sindicais, no Masp.
Leia aqui o informe completo feito pela Apeoesp sobre a importância da greve e os impactos do desmonte aos trabalhadores.
A CTB, CSP Conlutas, Intersindical, UST, Nova Central Sindical, SINPEEM, Sinasefe, Sindicato dos Condutores de São Paulo, Oposição do SINTECT (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios), Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Sintraemfa, Sintaema, Sindicato dos Trabalhadores da CPTM (linhas da Zona Leste) e Sindicato dos Eletricitários também apoiam a paralisação.
Para Onofre Gonçalves, presidente da CTB-SP, “a unificação da resistência é a única alternativa que temos para barrar os enormes retrocessos que este governo tenta implementar”.
Além deles, os metroviários e os trabalhadores do transporte urbano já votaram em suas assembleias pela paralisação e se reunirão na véspera do dia 15 para deliberar definitivamente sobre a adesão à greve, como é comum na categoria.
Na sexta-feira (10), as entidades que convocam o 15 de março lançaram uma Carta Aberta à População, com explicações sobre as razões e a grande importância deste protesto para a preservação de direitos essenciais e constitucionais de todo cidadão brasileiro.
Jornada de Lutas
A jornada de lutas contra o desmonte da Previdência começou no Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Ao som de “Aposentadoria Fica! Temer Sai!”, milhares de mulheres se reuniram em São Paulo e Brasília contra a retirada de direitos do governo machista e misógino de Michel Temer.
Dia Nacional de Paralisação Contra a Reforma da Previdência:
♦ AL – Maceió
10h – Praça dos Martírios
♦ AM – Manaus
16 – Praça do Congresso
♦ BA – Salvador
15h – Campo Grande
♦ CE – Fortaleza
8h – Praça da Bandeira
♦ DF – Brasília
8h – Catedral
♦ ES – Vitória
7h – Pracinha das Goiabeiras
♦ GO – Goiânia
10h – Coreto da Praça Pública
♦ MT – Cuiabá
16h – Praça do Ipiranga
♦ MG – Belo Horizonte
10h – Praça da Estaçäo
♦ MG – Governador Valadares
16h – Praça dos Pioneiros
♦ MG – Teófilo Otoni
9h – Câmara Municipal
♦ MG – Uberlândia
16h – Praça Ismene Mendes
♦ PA – Belém
9h – Praça da República
♦ PB – Jõao Pessoa
14h – Ministério da Previdência
♦ PR – Curitiba
10h – Praça Tiradentes
♦ PE – Recife
9h – Praça Oswaldo Cruz
♦ RJ – Rio de Janeiro
16h – Candelária
♦ RN – Natal
14h – Praça Gentil Ferreira
♦ RR – Boa Vista
8h – Assembleia Legislativa
♦ RS – Porto Alegre
18h – Esquina Democrática
♦ RO – Porto Velho
9h – Praça Estrada de ferro Madeira Mamoré
♦ SC – Florianópolis
16h – Praça Miramar
♦ SP – Americana
16h – Praça Comendador Muller
♦ SP – Piracicaba
9h – Poupatempo
♦ SP – Ribeirão Preto
17h – Terminal Dom Pedro II
♦ SP – São José do Rio Preto
15h – Terminal Central
♦ SP – São Paulo
16h – MASP
♦ SP – Sorocaba
7h – Praça Coronel Fernando Prestes
♦ SE – Aracaju
14h – Praça General Valadäo
♦ TO – Palmas
8h30 – Colégio Säo Francisco
Confira a lista completa de mobilizações em nossa agenda.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da CUT e CTB.