Gleisi articula tática eleitoral em MT e cobra saída de Campos Neto do BC

Em Cuiabá, presidenta inaugurou sede do Diretório Estadual do PT e participou de reunião com a executiva, seminário de organização e plenária com mulheres da Federação

Crédito: Gabriel Souza

Em Cuiabá (MT), Gleisi articula candidaturas do PT para 2024 e cobra saída de Campos Neto do BC

A presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e a secretária Nacional de Organização, Sônia Braga, cumprem agendas nesta sexta-feira (23) e sábado em Cuiabá, no Mato Grosso, para definir a estratégia do Partido dos Trabalhadores, incentivar candidaturas femininas e dialogar com aliados da Federação Brasil da Esperança (PT, PV, PCdoB) a melhor tática para as eleições municipais de 2024. A presidenta já visitou os estados de Amazonas, Pará, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais, Santa Catarina e Goiás.

Em Cuiabá, Gleisi e o deputado estadual Valdir Barranco, presidente do Diretório Estadual do PT-MT, inauguraram a nova sede do diretório estadual. Ela se reuniu com a direção executiva e recepcionou novos filiados, como Carlos Ernesto Augustin, assessor especial do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e presidente do Conselho de Administração da Embrapa.

Em seguida, Gleisi, Sônia Braga, deputado Valdir Barranco, o reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Evandro Soares, e Carlos Ernesto Augustin visitaram o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Durante coletiva de imprensa, em que estava acompanhada pelos deputados estaduais petistas Barranco e Lúdio Cabral, afirmou que sua visita ao estado faz parte das discussões para elaboração da tática para a eleição de 2024. “Durante o seminário de Organização e Mobilização, tivemos um quadro da situação nos municípios para desenhar a estratégia eleitoral a partir desse cenário”, disse.

A presidenta afirmou que o PT trabalha para ter a definição de candidaturas em todos os locais, principalmente nas capitais e nos grandes municípios, entre outubro e novembro deste ano.

“Até porque para a gente construir alianças precisa ter um nome, um programa e projetar essa pessoa, mas o partido está aberto para discutir uma política de alianças”, disse Gleisi, ponderando que nada impede que a legenda firme aliança com demais aliados da Federação e da frente ampla que participou da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Banco Central

Gleisi voltou cobrar a mudança da taxa de juros, mantida pela sétima vez seguida em 13,75% pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e sua diretoria, nomeados por Bolsonaro e Paulo Guedes logo após a aprovação da lei de independência do BC.

“Não havia justificativa para manter a taxa Selic em 13,75%. Nós acreditamos que ela já deveria ser baixada. Temos inflação nos dois últimos meses de 3,95%. Se você descontar isso da Selic, nós temos um juro real de mais de 9%. Somos o primeiro país no mundo com a maior taxa de juros. O segundo é o México, com 4%”, afirmou.

A presidenta elencou os problemas que a alta taxa de juros causa na economia brasileira. “O que isso implica no financiamento do Plano Safra, da indústria, do comércio? Isso significa desemprego, queda de renda e famílias estão endividadas. É muito triste ver o Banco Central jogando, não é contra o presidente Lula, mas contra o Brasil!”

A presidenta do PT disse que o Campos Neto deveria, sim, ser afastado do comando do Banco Central. “O Senado da República teria de chamá-lo e teria de afastá-lo porque ele faz muito mal ao país, ele e a diretoria que está lá, nomeados por Bolsonaro e Paulo Guedes. Eles estão fazendo é política”, comentou.

Após conversar com jornalistas, Gleisi participou ainda de seminário de “Organização e Mobilização” que teve como tema “Conjuntura política e desafios do PT no Estado”, coordenado pelas secretárias Nacional e Estadual, respectivamente, Sônia Braga e Dejany Pereira.

Este primeiro dia de agendas foi encerrado com a plenária de Secretaria de Mulheres da Federação, gestoras e parlamentares femininas. Neste sábado (24), a presidenta e deputada federal pelo Paraná participa pela manhã de encontro com militância e movimentos populares.

Da Redação

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