Gleisi: desgoverno Bolsonaro pratica a ‘ideologia do desmonte’

A avaliação geral sobre os primeiros oitos meses do atual desgoverno, com exceção dos seus cada vez mais raros apoiadores, induz quase sempre ao mesmo diagnóstico: Jair Bolsonaro não tem nenhum projeto para o país. Mas, aos olhos atentos de quem participa integralmente da política nacional, esta afirmação acaba por esconder as verdadeiras intenções do descontrolado presidente da República.

“As pessoas dizem que Bolsonaro não tem um projeto. Ele tem, sim. Trata-se de um projeto de desmonte de tudo aquilo que nós construímos pós-Constituição de 1988 e aprofundamos durante os governo do Lula e da Dilma. Ele quer desmontar isso”, enfatizou a presidenta Nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann.  

A parlamentar, inclusive, usou a expressão “ideologia do desmonte” para definir o que de fato o ex-deputado de carreira pífia pretende no cargo mais alto da nação – não custa lembrar que Jair ainda pensa que está em campanha e insiste na tese delirante de combate às ideologias supostamente transformadas em políticas de governo nos anos anteriores.

“É o governo da destruição. A concepção de Bolsonaro é a concepção de um país dependente, principalmente alinhado aos Estados Unidos, e que não vê nas questões dos direitos humanos e na questão ambiental algo que seja relevante e importante. É a concepção dele”, completa a presidenta do PT.

Brasil acima de tudo?

 

O lema de campanha de Jair Bolsonaro já entrou para a história com uma das maiores falácias criadas durante uma disputa eleitoral. A razão é simples: ao mesmo tempo que em conclama o “Brasil acima de tudo”, o subserviente representante do neoliberalismo coloca em prática agenda entreguista sem precedentes, com alinhamento automático ao que almeja o presidente dos EUA, Donald Trump.

Na avaliação de Gleisi, o símbolo máximo do entreguismo bolsonarista é a destruição da Amazônia. “Ele não se importa em entregar a Amazônia. Aliás, esse discurso dele que tenta ser nacionalista é um contrassenso. Ele se remete contra a Europa, mas é a favor da intervenção norte-americana aqui. Seja na base de Alcântara, seja na exploração da Amazônia. Nós somos contra a internacionalização da Amazônia”, enfatizou.

A parlamentar ainda lembrou o fato de o Partido dos Trabalhadores ter “reduzido o índice de desmatamento da Amazônia a níveis muito baixos. No governo Dilma, chegamos a ter 5 mil quilômetros de devastação. Esse é um dos níveis mais baixos de nossa história de devastação da Amazônia”.

Da Redação da Agência PT de Notícias com informações de Metrópoles