Governo reforça energia no Sudeste
Região receberá mais 1,5 mil megawatts. Ministério também divulgou medidas para reforçar Sistema Interligado Nacional
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O governo federal anunciou, na terça-feira (20), uma série de medidas para reforçar cargas do Sistema Interligado Nacional (SIN). De acordo com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, serão adicionados 1,5 mil megawatts ao sistema elétrico da Região Sudeste.
“Estamos fortalecendo o sistema para que intercorrências como a de segunda-feira tenham ainda um nível maior de segurança”, disse ele, ao explicar as medidas operacionais para reforçar a capacidade de fornecimento de energia.
A primeira das ações será a antecipação da entrada em operação de uma usina termelétrica da Petrobras, que passa por período de manutenção preventiva. Até o dia 18 de fevereiro, essa unidade entregará 867 megawatts ao sistema.
Além disso, a usina binacional de Itaipu, situada em Foz do Iguaçu, no Paraná, vai transferir mais 300 megawatts para o Sudeste e repassar outros 400 megawatts de energia para o Sudeste e Centro-Oeste.
Braga ainda anunciou a “ressincronização” da Usina Nuclear Angra 1, no litoral sul do Rio de Janeiro, para promover o despacho parcial de outros 100 a 200 megawatts.
O ministro voltou a afirmar que o problema do corte de energia ocorrido na segunda-feira (19) começou quando houve variação na frequência da transmissão da energia vinda das regiões Norte/Nordeste para o Sudeste.
De acordo com Braga, a variação resultou na desativação de várias usinas geradoras, a primeira delas a de Governador Ney Braga, no Paraná, administrada concessionária Copel, com 1,2 mil megawatts de potência.
O ministro de Minas e Energia ainda ressaltou que atrasos nas obras de grandes projetos hidrelétricos como Belo Monte, no Pará, Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, interferem na atual situação.
“Se Belo Monte já estivesse funcionando, se não tivessem tocado fogo no canteiro de Jirau, se não tivesse acontecido nada em Santo Antônio, se todas as obras estivessem funcionando dentro do cronograma, nada disso estaria acontecendo”, explicou.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias