Governo deixa pessoas com HIV e hepatite C sem exames para definir tratamento
A interrupção se deu pela falta de renovação a tempo do contrato com a empresa prestadora dos serviços. ” Absurdo! Bolsonaro age com descaso com a área da Saúde”, denunciou o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP)
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O governo está se tornando especialista em iniciativas para atacar a vida dos brasileiros. A nova medida foi suspender todos os exames de genotipagem de HIV e de hepatite C. O exame é fundamental para determinar a combinação de medicamentos ministrados aos pacientes. A determinação consta de nota informação do Ministério da Saúde, de 2 de dezembro.
O maldade foi anunciada após o próprio Ministério da Saúde celebrar o Dia Mundial da Luta Contra a Aids. A interrupção se deu pela falta de renovação a tempo do contrato de prestação dos serviços contratados pelo Ministério da Saúde. Os exames de genotipagem eram realizados pelo Centro de Genomas, desde 2015. O contrato venceu em novembro deste ano.
Absurdo! Bolsonaro age com descaso com a área da Saúde. Agora o Ministério da Saúde deixou vencer um contrato e suspendeu os exames de genotipagem no Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas que vivem com HIV, Aids e hepatites virais
Cerca de 900 mil pessoas que vivem com o HIV estão em tratamento no Brasil, segundo o próprio Ministério da Saúde. De acordo com especialistas, pacientes que vivem com essas doenças, em especial os infectados pelo HIV, precisam dos exames. A nota informativa diz que exames de genotipagem serão coletados e processados apenas para crianças com menos de 12 anos e gestantes.
O Ministério da Saúde, liderado pelo “especialista e logística”, general Pazuello, perdeu o prazo por conta de pregão fracassado, realizado ao final do prazo contratual, em outubro. A Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids criticou o governo federal por ter deixado a compra para a última hora. Segundo a instituição, não é primeira vez que os exames são interrompidos. A Rede acusa o governo de destruir conquistas na área.
Da Redação,com Folha de S. Paulo