Governo Lula inaugura escola do campo no Paraná

Durante o evento, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu, reafirmou compromisso de seu mandato e do governo federal com a educação no país

Juliana Barbosa

Governo Lula inaugura escola do campo no Paraná. Foto: Juliana Barbosa

O futuro da educação no Brasil inicia uma nova colheita de bons frutos. O governo Lula, na missão de combate aos retrocessos promovidos por Bolsonaro na educação do povo brasileiro, inaugurou a primeira escola do campo na nova gestão em Laranjeiras do Sul, no Paraná.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu (PT/PR), esteve na cerimônia de inauguração na semana passada, dia 3 de março, da nova unidade escolar e estimulou os gestores do município a também transformar a unidade escolar em ensino integral.

Com mais tempo na escola, Zeca Dirceu enfatiza que, além de aprender a ler e escrever, os estudantes terão a oportunidade de desenvolver habilidades com oficinas de música, de canto, de artesanato, com atividades esportivas, estudo de idiomas e inclusão digital.

“Quero parabenizar o presidente Lula, o ministério da Educação, em nome do Camilo Santana, e todas as autoridades locais regionais que se mobilizaram para que rapidamente, em pouco mais de dois meses, essa escola estivesse concluída. O sonho da comunidade virou realidade”, disse o parlamentar.

A obra da escola batizada como Professora Silvia Martins Veigant da Silva custou R$ 1 milhão com orçamento destinado ainda no final do primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff.

Zeca Dirceu lamentou a demora na entrega da escola, que “infelizmente sofreu os efeitos do rompimento da normalidade democrática, iniciado com o golpe, em seguida com a destruição que fizeram durante seis anos do orçamento da educação, mesmo enquanto a arrecadação do país crescia”. De acordo com o deputado, todos esses fatores fizeram essa obra ficasse parada”, contou.

Durante a cerimônia, o deputado federal aproveitou para reafirmar seu compromisso com a educação, com o estado e com os municípios paranaenses que ele representa.

A senadora e coordenadora do Setorial Nacional de Educação do PT, Teresa Leitão, também comemora a nova escola do campo, fruto do legado do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em prol da educação do país.

“Essa é uma excelente notícia, porque sabemos que faz parte de uma política que será ampla em todo o país! A herança do governo anterior que desmontou a educação vai sendo superada. As quatro mil obras inacabadas, o desrespeito aos povos originários será substituído por atenção e direitos”.

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Investimentos do governo Lula

Em fevereiro deste ano, o governo Lula, por meio do ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou a liberação de R$ 250 milhões para obras em escolas no país. Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e atenderão 1.236 obras paradas nas 27 unidades da federação.

O Brasil tem 4 mil obras paradas apenas entre escolas e creches. Em todos os setores, o governo Lula herdou 14 mil. “O presidente já quer retomar, andar, inaugurar obras no país, inaugurar creches, escolas, enfim, nós estamos fazendo tudo numa programação para que em breve ele possa percorrer estados brasileiros, municípios brasileiros, entregando obras importantes para a população na área da educação”, disse Santana, ainda em janeiro.

Compromissos com a educação

Confira as prioridades definidas pelo presidente Lula para a educação, assumidas pelo ministro Camilo Santana:

– A conclusão do levantamento de obras paradas, que vão de creches a equipamentos de universidades, para que elas seja retomadas rapidamente. O objetivo de Lula é apresentar esse diagnóstico aos governadores na reunião de 27 de janeiro.

– Reajustar a merenda escolar, que há seis anos está com o valor repassado pelo governo federal aos estados e municípios congelado. O novo valor será definido para que entre em vigor antes do início do período letivo.

– Uma campanha para aumentar a participação no Enem, que, após alcançar um pico de quase 6 milhões de participantes em 2014, viu esse número cair para 1,9 milhão no ano passado.

– Concluir no prazo de 90 dias, um plano geral de ações para os próximos quatro anos focado no ensino básico, na alfabetização na idade certa, na ampliação da escola em tempo integral e na conectividade das escolas.

“O presidente Lula mostrou muita vontade de começar a fazer as entregas e honrar os compromissos que ele assumiu com a população”, disse Santana.

Desmontes bolsonarista

Dados compilados pelas consultorias de orçamento da Câmara dos Deputados e do Senado Federal apontam que a educação básica teve a menor previsão de verba dos últimos 11 anos.

A navalha de Bolsonaro afetou a maior parte da vida escolar dos alunos, que engloba a educação infantil, os ensinos fundamental e médio.

Além do corte orçamentário para 2023, os estudantes dessas etapas de ensino ainda sofrem sequelas da pandemia da Covid-19, quando foram fortemente impactados com as escolas fechadas. Além disso, a maioria dos alunos não conseguiu ter suporte necessário para o ensino remoto.

Durante a pandemia, a evasão escolar atingiu mais de 2 milhões de alunos. Segundo uma pesquisa de setembro de 2022 do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 11% das crianças e adolescentes entre 11 e 19 anos estão fora da escola no Brasil.

A avalanche de destruição deixada por Bolsonaro reduziu em 97% os recursos para a infraestrutura de escolas. O dinheiro destinado para a construção, ampliação, reforma e adequação de escolas caiu de R$ 119,1 milhões para R$ 3,45 milhões.

Bolsonaro também vetou o reajuste de 34% ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que trouxe prejuízos financeiros na ordem de R$ 1,4 bilhão por ano aos estados.

De acordo com as organizações, a perda varia de acordo com a população de cada ente federativo. Segundo dados, São Paulo foi o mais com a falta de R$ 247,7 milhões, seguido de Minas Gerais, o segundo mais prejudicado, com menos R$ 123,6 milhões. Na sequência, estão os estados da Bahia, com perda na faixa de R$ 89 milhões, e Rio de Janeiro, com menos R$ 87,4 milhões.

Corte de 95% em capacitação de professores

Os professores também fazem parte do pacote de abandono de Bolsonaro em relação à educação do povo brasileiro. Ele cortou 95% do orçamento para a capacitação de professores entre 2022 e 2023. O orçamento de R$ 136,9 milhões neste ano sofreu uma queda de R$ 6,4 milhões para 2023.

Da Redação, com informações do PT na Câmara

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