Governo Lula lança o programa “Escuta e Diálogo: Mulheres do Bolsa Família”

Objetivo da parceria entre MMlheres e MDS é garantir que as políticas públicas estejam conectadas às necessidades das mulheres

Pedro Batista

Ministra das Mulheres, Márcia Lopes, durante lançamento do novo programa, no municípios de Cabo de Santo Agostinho (PE)

O governo federal, por meio dos Ministérios das Mulheres e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, lançou ontem (10), no município de Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana de Recife (PE), o programa “Escuta e Diálogo: Mulheres do Bolsa Família

A iniciativa, explica o MMulheres, vai coletar dados sobre acesso a direitos, trabalho de cuidados, transformações econômicas e sociais, que serão utilizados para a elaboração de diagnóstico inédito para orientar, aprimorar e fortalecer as políticas públicas para as mulheres.

“Se a gente atender as necessidades das mulheres, certamente nós estaríamos atendendo a necessidade de toda a sociedade brasileira. Porque as mulheres protegem, cuidam, e são guerreiras, como vocês falaram. São essas mulheres que carregam o Brasil e que são capazes de ter a coragem de contestar, de denunciar, de resistir, de se mobilizar. E eu não tenho dúvida que é possível que o Estado brasileiro, por meio dos governos federal, estadual e municipal, assegure os direitos e as necessidades básicas de toda a população brasileira”, afirmou  a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, durante o lançamento.

A Secretária Nacional de Renda de Cidadania do MDS, Eliane Aquino, anunciou que o presidente Lula quer criar um benefício para crianças de 0 a 6 anos para aumentar mais o olhar sobre essas mulheres beneficiárias: “Eu quero que as mulheres tenham saúde, educação, qualidade de emprego, formação profissional e é isso que a gente está lutando muito.”

A ministra Márcia Lopes salientou ainda que o Bolsa Família é um programa de complementação de renda essencial que faz a diferença no orçamento familiar: “Aqui tem 216 mil habitantes, 124 mil inscritos no Cadastro Único e 78.500 estão no Bolsa Família, no qual 80% são mulheres, as chefes de família. Então, essas vozes que ouvimos aqui representam quase 80 mil famílias desta cidade e nós, como agentes públicos, precisamos estar com a escuta ativa para que o Estado brasileiro cumpra seu papel constitucional de assegurar os direitos e necessidades básicas da população brasileira. E atender as necessidades das mulheres é atender a população, porque são as mulheres que cuidam”, disse a ministra.

Escuta e Diálogo: Mulheres do Bolsa Família 

Além da cidade pernambucana, os ministérios percorrerão outras cidades brasileiras e os dados coletados – por meio de formulários, observações e relatórios técnicos – serão utilizados para elaboração de diagnóstico inédito que servirá para orientar, aprimorar e fortalecer as políticas públicas de promoção à equidade de gênero, justiça social e autonomia econômica das mulheres. 

O mote da mobilização entre as pastas é compreender como o programa Bolsa Família tem influenciado estas mulheres no acesso a direitos e transformações sociais e econômicas, bem como o trabalho de cuidados não remunerado implica na autonomia econômica delas. 

Parceria com o governo pernambucano

O Estado de Pernambuco é parceiro do Ministério das Mulheres com a adesão de programas e ações. No enfrentamento à violência de gênero, a parceria se dá por meio da construção da Casa da Mulher Brasileira na capital, Recife. A obra está em fase de implementação e recebeu aporte de R$ 19 milhões em investimentos do governo federal e R$ 200 mil do governo do estado para a construção e equipagem.  

A Central de Atendimento à Mulher também tem a atenção das pernambucanas, que em 2024 atendeu mais de 30 mil mulheres, o equivalente a uma média de 85 atendimentos/dia. As denúncias somaram 4.609, uma  média de 12 denúncias registradas por dia, em 2024. 

Em relação à estruturação de organismos de políticas para as mulheres, Pernambuco foi um dos estados contemplados no edital de 2023 do Ministério das Mulheres, direcionado à estruturação e fortalecimento de Secretarias de Políticas para as Mulheres. O convênio foi firmado com Secretaria de Estado da Mulher (SecMulher) no valor de R$ 300 mil.

Da Redação do Elas por Elas, com informações do MMulheres

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