Governo Lula vai socorrer endividados do Auxílio Brasil
Empréstimos feitos a juros altíssimos para beneficiários do programa acabaram por endividar cerca de 3,5 milhões de pessoas. Ministro Wellington Dias anuncia que elas serão ajudadas por meio do Desenrola Brasil
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O governo Lula já trabalha para reverter uma das maiores crueldades feitas por Jair Bolsonaro: o endividamento de milhões de famílias por meio do empréstimo consignado oferecido pelo Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família durante o governo anterior.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, do PT, anunciou que essas famílias devem ser ajudadas por meio do Desenrola Brasil.
O programa Desenrola Brasil foi anunciado por Lula durante a campanha eleitoral e tem o objetivo de ajudar os trabalhadores a se livrar de suas dívidas. Atualmente, está em fase de planejamento, com a participação de técnicos de diversos ministérios.
“Tão logo esteja pronto, certamente o presidente Lula vai lançá-lo para o Brasil. E essa área relacionada ao Bolsa Família será tratada”, disse Dias.
Ação desumana de Bolsonaro
No fim do governo Bolsonaro, o número de brasileiros endividados bateu recorde e chegou a representar quase 80% das famílias. Como se não bastasse, Bolsonaro permitiu que bancos cobrassem juros altíssimos ao emprestar dinheiro para os beneficiários do Auxílio Brasil.
Resultado: os bancos lucraram muito e cerca de 3,5 milhões de pessoas acabaram endividadas. “É grave o problema”, ressaltou Wellington Dias.
O ministro lembrou que os empréstimos consignados apresentaram problemas desde o início, inclusive do ponto de vista legal, uma vez que foi usado com objetivos claramente eleitorais.
Várias famílias pegaram o dinheiro pouco antes da eleição, sem perceber que acabariam ficando com uma conta altíssima para ser paga mais tarde.
Segundo reportagem do G1, uma pessoa que pegou R$ 2 mil emprestados na Caixa Econômica assumiu uma dívida de R$ 2.973,36 para ser paga em dois anos. Ou seja, terá de pagar R$ 973,36 só de juros.
Para Wellington Dias, o socorro a essas famílias é tanto uma questão de justiça social quanto uma medida importante para a economia do país. “Essas pessoas são importantes também como fator econômico. É essencial trazê-las de volta para a economia”, explicou.
Da Redação, com informações do MDS