Governo quer evitar que enxurrada de lama prejudique também o Espírito Santo
Para a presidenta Dilma Rousseff a principal providência é garantir a captação de água para o abastecimento da população da cidade, que é feita normalmente por meio do Rio Doce
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Ao visitar a cidade de Colatina, no Espírito Santo, na quinta-feira (12), após sobrevoar as áreas atingidas pela queda de barreiras em Mariana, Minas Gerais, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o governo federal adotará medidas para prevenir danos causados pela grande onda de lama que vem descendo o Rio Doce e já afetou o município mineiro de Governador Valadares.
Em entrevista coletiva, a presidenta avaliou que a principal providência é garantir a captação de água para o abastecimento da população da cidade, que é feita normalmente por meio do Rio Doce.
“Não podemos ficar de braços cruzados, nem o governo federal, nem o governo do estado, nem a prefeitura. Vamos agir no sentido de procurar a solução dos problemas, resolver em conjunto, fiscalizar a resolução do problema. Não é pura e simplesmente deixar a cargo da empresa (Samarco), porque quem cuida do interesse público somos nós”.
Nesse sentido, a presidenta determinou que o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, permaneça na cidade na próxima semana, quando a onda de lama atingir o local. A pasta de Occhi comanda a Defesa Civil Nacional e o Centro Nacional de Prevenção e Monitoramento de Desastres.
Dilma avaliou que será um desafio fazer a prevenção de uma catástrofe dessa natureza. “Como é que você abastece 120 mil pessoas se a sua fonte de captação está comprometida?”, afirmou.
A presidenta elencou as iniciativas que foram tomadas nos últimos dias na cidade, e disse que as considerou bastante consistentes. “Buscar condições para pegar os carros-pipa, colocar os carros-pipa na rede de abastecimento existente. Utilizar todas as formas de reserva possíveis, como cisternas”, que poderão ser distribuídas por toda a cidade.
Outra ideia, segundo Dilma, é fazer a captação de água em duas lagoas próximas à cidade, por meio de uma adutora de engate rápido. Essa solução é muito usada no Nordeste, principalmente agora, que a região vive o quinto ano da seca mais grave da história do Brasil.
A terceira questão, que foi levada à presidenta Dilma pelo governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, é a de aproveitar esse momento de crise para revitalizar o Rio Doce. “Fazer, com essa ação, que a gente consiga transformar um momento de dificuldade, de crise hídrica, em uma forma de recuperar o rio”, destacou.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do “Blog do Planalto”