Grevistas dos Correios ampliam mobilização nesta terça-feira
Trabalhadores dos Correios em greve desde 17 de agosto aprovaram calendário de lutas para ampliar o movimento e fortalecer a mobilização da categoria
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A greve dos trabalhadores dos Correios, iniciada em 17 de agosto, continua, e a categoria realiza nesta terça-feira (8) mais um piquete de convencimento nos setores da empresa que ainda permanecem em funcionamento. Também está prevista a realização de um ato nacional unificado por videoconferência. As iniciativas fazem parte de um Calendário Nacional de Lutas Unificado, aprovado pelas representações sindicais da categoria, cujas as ações vão até o dia 11 de setembro.
Os grevistas, que lutam pela manutenção dos seus direitos básico e pela preservação de vidas durante a crise provocada pela pandemia do coronavírus, acusam o governo federal de praticar uma política genocida em meio à pandemia, se aproveitando da crise para aprofundar ainda mais os ataques à classe trabalhadora, principalmente aos ecetistas.
De acordo com a Diretoria Colegiada de FENTEC – Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telegráfos e Similares, apesar disso, o movimento e a mobilização se ampliam a cada dia da greve, que já provoca muitos atrasos na entrega de encomendas em todo o país.
A FENTEC acusa o Governo Bolsonaro de tentar manter os trabalhadores dos Correios em isolamento neste momento.
“A greve fez com que o Governo Bolsonaro recuasse e apresentasse propostas de fechamento de acordos para as categorias de bancários e petroleiros, usando uma tática de tratamento diferenciado entre as estatais, para, evidentemente, colocar os trabalhadores dos Correios em isolamento neste momento”, afirma em nota a entidade.
Segundo a FENTEC, a greve já pode ser considerada como histórica e os trabalhadores dos Correios não entregarão seus direitos históricos nas mãos de governo que pretende privatizar o patrimônio do povo brasileiro.
A federação também questiona a decisão do TST a respeito dos dias descontados na folha dos grevistas pela empresa.
“A decisão do Tribunal Superior do Trabalho reconhece o dano causado com os descontos antes do julgamento do dissídio, mas não obriga a ECT a devolver o dinheiro descontado. Entendemos que a decisão deve ser para restituir imediatamente o dano causado aos trabalhadores e a FENTECT já está preparando o recurso cabível, que é os Embargos de Declaração, para que tenhamos o nosso direito garantido”, destaca.
Da Redação