Guarda Municipal reage a Jefferson e à milícia bolsonarista

“Nenhum canalha nos intimidará”, afirmou o comandante da Guarda de Juiz de Fora, após o bolsonarista Roberto Jefferson pregar o uso de milícias para atacar agentes e sabotar o isolamento social

Site do PT/Reprodução

Recado a Jefferson e às milícias

“Não nos intimidaremos. Somos cumpridores da lei. Nós estamos aqui atuando pela paz social. Nenhum canalha, nenhum criminoso nos intimidará.” De forma enfática, a Guarda Municipal de Juiz de Fora (MG) respondeu à sugestão feita pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, de que se formassem milícias para agredir os agentes de segurança e, assim, impedir o cumprimento das regras de isolamento social adotadas na cidade mineira.

O ataque ocorreu em live, realizada no sábado (27), com o vereador Sargento Mello Casal (PTB). “Precisa montar uma milícia e, então, pau na Guarda Municipal. Um pau. Pau para quebrar, para piorar os caras”, pregou Jefferson, enquanto Casal ria. Ainda segundo o presidente do PTB, os milicianos deveriam “atear fogo nas viaturas” e “dar pauladas nos joelhos e cotovelos, para quebrar (os guardas municipais)”. A tentativa de intimidação, porém, não funcionou, como mostra o vídeo em que o comandante da Guarda Municipal de Juiz de Fora, Leandro Lisboa, repudia as ameaças de Jefferson.

“Nesta cidade existem forças de segurança respeitadas que atuam e atuarão contra milícias, contra táticas de guerrilha e contra toda ilegalidade e crime cometidos. Hoje, nós guardas municipais, pais, mães, estamos aqui para manifestar nosso repúdio a esse crápula que se chama Roberto Jefferson. Nós não nos intimidaremos. Para além desta nota de repúdio, desse vídeo de repúdio, nós iremos tomar as devidas tratativas. Comunicaremos tal fato às autoridades, ao Ministério Público deste estado, para que se tomem as devidas providências”, anunciou Leandro.

“Nós não temos medo de criminosos. Nós estamos aqui para combatê-los. Não pensem que nos intimidarão. Nós estamos, neste período de pandemia, cumprindo com a lei, com a missão constitucional que nos é concedida no artigo 144, de proteção sistêmica da população juiz-forana”, completou o comandante.

Prefeita ameaçada

Como ocorre em diversos estados e cidades, a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão (PT), sofreu ameaças após decretar medidas de isolamento social que buscam frear o avanço da Covid-19, que já matou quase 320 mil brasileiros e segue matando cada vez mais dia após dia.

As ameaças seguem o discurso assassino de Jair Bolsonaro, que tenta impedir que governadores e prefeitos atuem para proteger a população. A manifestação da Guarda Municipal, porém, é mais uma prova de que bolsonaristas estão cada vez mais sozinhos em seu negacionismo e em suas sabotagens.

Da Redação, com informações de Estado de Minas e UOL

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