Instauração de processo de impeachment é retrocesso, diz Jaques

Para ele, o impeachment da presidenta Dilma Rousseff é orquestrado por uma oposição que não aceitou a derrota nas últimas eleições

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O chefe de gabinete da presidenta Dilma Rousseff, Jaques Wagner, afirmou, em nota divulgada na noite deste domingo (17), que a instauração do processo de impeachment da presidenta é um “retrocesso”. Para ele, a decisão da Câmara dos Deputados “ameaça interromper 30 anos de democracia no país”.

Digo que é um retrocesso porque se trata de um impeachment orquestrado por uma oposição que não aceitou a derrota nas últimas eleições, e que não deixou a presidenta governar, boicotando suas iniciativas e a retomada do desenvolvimento do país”.

“Caberá ao Senado processar e julgar a presidente Dilma, que continua no cargo até o final do julgamento. Confiamos nos senadores e esperamos que seja dada maior possibilidade para que ela apresente sua defesa, e que lhe seja aplicada justiça. Acreditamos que o Senado, que representa a federação, possa observar com mais nitidez as acusações contra a presidenta, uma vez que atingem também alguns governadores de estado”, disse.

Jaques Wagner também classificou como “página triste virada” esta decisão dos deputados que concordaram com os argumentos frágeis e sem sustentação jurídicas do relatório do deputado Jovair Arantes (PSDB-GO).

“Os deputados fecharam os olhos às melhorias dos últimos 12 anos, aos avanços, à inclusão social, índices históricos de crescimento econômico e à redução da pobreza”.

O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, também criticou a decisão dos deputados. Em nota, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que “esta aventura” ainda poderá ser detida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Da Redação da Agência PT de Notícias

 

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