Jair Bolsonaro é preso preventivamente após tentativa de violar a tornozeleira

Líderes do PT destacam que a detenção ocorre em razão da necessidade de preservar a ordem pública

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O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22) ao tentar violar a tornozeleira eletrônica durante a madrugada. A ordem partiu do ministro Alexandre de Moraes e atendeu pedido da Polícia Federal, que apontou risco de fuga iminente. Condenado por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro foi levado à Superintendência da PF, em Brasília.

No local, Bolsonaro passou por exame de corpo de delito e passará por audiência de custódia. Na segunda-feira (23), a Primeira Turma da Corte realiza uma sessão virtual para que o colegiado avalie a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a prisão.

Na decisão, Moraes também destaca uma manifestação disfarçada de vigília que foi convocada pelo senador Flávio Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro. O indício é de que o ex-presidente iria aproveitar a concentração, semelhante aos atos antidemocráticos realizados em frente a quartéis em 2022, para fugir. “A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, destaca um trecho da decisão.

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Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão. No entanto, a prisão preventiva ainda não faz parte do cumprimento definitivo da pena, e pode ocorrer em qualquer fase do processo para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal.

Tentativa de intimidação

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, destacou que a manifestação convocada por Flávio Bolsonaro tinha como objetivo tentar intimidar o Supremo e a Polícia Federal. Ele destacou que a prisão preventiva ocorre para preservar a estabilidade institucional.

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“A prisão preventiva cumpre mandado expedido pelo STF e evidencia que, diante de risco concreto à ordem pública e de manipulação política do processo, a lei alcança todos, inclusive o ex-presidente. O trânsito em julgado se aproxima e abre caminho para o início do cumprimento da pena. Bolsonaro preso”, escreveu ele.

O líder do PT na Câmara, José Guimarães, destacou que a decisão do ministro Alexandre de Moraes ocorre para preservar a ordem pública.

O deputado Rubens Pereira Jr destacou que Jair Bolsoanaro, durante seu governo, tentou acabar com a audiência de custódia, garantida a todas as pessoas que são presas. Porém, agora, passa pelo procedimento, que busca avaliar as condições do preso e legalidade da prisão.

Da Redação

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