Jornada Continental pela Democracia e Contra o Neoliberalismo
Com a presença do ex-presidente José “Pepe” Mujica, foi lançada nesta quarta-feira (31) a Jornada Continental pela Democracia e Contra o Neoliberalismo
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Com a presença do ex-presidente José “Pepe” Mujica, foi lançada nesta quarta-feira (31) a Jornada Continental pela Democracia e Contra o Neoliberalismo.
O ato ocorreu na sede central sindical nacional do Uruguai, a PIT-CNT, na cidade de Montevidéu.
Representantes de diversos movimentos sociais e centrais sindicais que compõem a Jornada participaram do lançamento, que se converteu também em ato solidariedade ao povo brasileiro, depois da concretização do golpe parlamentar que depôs a presidenta eleita Dilma Rousseff.
Mujica afirmou que o processo de impeachment foi um golpe. Ele recordou que tal processo se iniciou pelas mãos de Eduardo Cunha, em retaliação à posição do PT de votar contra ele no Conselho de Ética da Câmara. “E qual foi o erro PT – erro entre aspas – e o erro da presidenta? Não aceitar cobrir um ato de corrupção!”, afirmou Mujica.
“E qual foi o erro PT – erro entre aspas – e o erro da presidenta? Não aceitar cobrir um ato de corrupção!”, José Pepe Mujica
Rafael Freire, secretário de Política Econômica e Desenvolvimento Sustentável da Confederação Sindical de Trabalhadores/as das Américas – CSA, afirmou que a solidariedade internacional e especialmente a dos países da América Latina e do Uruguai, “um país exemplo de democracia”, é fundamental para esse momento marcado por golpes que assolam a região. “Sem a integração regional dos povos entre os países da região, não será possível resistir ao novo avanço da agenda neoliberal”, afirmou Freire. E concluiu: “esses processos de golpes são a prova de que não é possível a implementação da agenda neoliberal em contextos democráticos. O povo não apoia uma agenda contra seus direitos”.
Ficou claro ao mundo que o golpe no Brasil também teve um caráter misógino e machista, foi o que lembrou a companheira Tica Moreno, que representou a Marcha Mundial das Mulheres. “O golpe contra a presidenta Dilma foi um golpe de caráter misógino, um reflexo da sociedade machista e patriarcal, que não permite que mulheres estejam em posições de liderança política!”, afirmou. “Nós, mulheres, vamos resistir ao golpe. Para nós, a Jornada Continental será a reposta para a resistência ao golpe no Brasil, as ameaças à democracia e aos direitos e ao avanço do capitalismo mundial e contra o neoliberalismo, por nossa integração e soberania”.
A Jornada Continental pela Democracia e Contra o Neoliberalismo é um processo de lutas que combina centenas de atividades em diversos países até o dia 4 de novembro, quando organizações de todos os continentes farão atos regionais em defesa da democracia e contra a retirada de direitos.
Segue abaixo o link para o site da Jornada: https://seguimosenlucha.wordpress.com/
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da CSA