Juliana Cardoso: “Bancada do Cocar luta pelos direitos dos povos originários”

Em entrevista, deputada do PT paulista revela comprometimento de parlamentares indígenas com a questão da demarcação de terras

Gabriel Paiva

Deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP) na tribuna da Câmara

Na semana que marca o Dia dos Povos Indígenas, celebrado em 19 de abril, a deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP), uma das cinco parlamentares que integra a chamada Bancada do Cocar, falou sobre a importância do governo Lula na defesa das vidas indígenas no Brasil, após anos de marginalização e alijamento do estado no cuidado e na preservação dos povos originários. 

“Em poucas palavras, estamos dando suporte aos projetos do presidente Lula para reconstrução do país e para colocar o povo pobre no orçamento público. Nosso mandato é de luta incansável pela inclusão social. Temos que fazer valer o interesse da classe trabalhadora, do povo brasileiro e das mulheres, dos indígenas e da população negra, enfim, a população mais vulnerável e excluída”, informou Cardoso. 

Os indígenas elegeram a maior bancada para uma mesma legislatura da Câmara na história – ao todo, são cinco representantes que se declaram de alguma etnia. Sobre a inédita Bancada do Cocar, a deputada paulista disse que o foco do coletivo é a demarcação de terras.

“A bancada do Cocar não é algo simbólico, mas significativo e está mergulhada de corpo e alma na luta pelo respeito aos direitos dos povos originários, cujo foco é a questão da demarcação de terras. Temos um olhar especial para os indígenas aldeados e não aldeados, e estamos atuando na questão de projeto de lei e no orçamento que assegurem e viabilizem as políticas públicas para o meu povo”, afirma Juliana.

De acordo com a parlamentar, o desafio junto ao governo Lula é consolidar e estruturar para elaborar, implementar e monitorar as políticas públicas para os 305 povos indígenas. “Esse é um desafio digno de um governo que também possui um amplo compromisso com a democracia e a superação da desigualdade social, como o caso do presidente Lula”, revelou. 

Ministério dos Povos Indígenas

A criação do Ministério dos Povos Indígenas é uma grande conquista para mulheres e homens originários. Um gesto importante em contraponto a quem sempre omitiu historicamente o reconhecimento do papel dos povos indígenas como os verdadeiros guardiões da floresta, da vida e da nossa existência.

“Trata-se de dar voz aos povos originários do Brasil, além de ser uma responsabilidade do Estado brasileiro e está na Constituição. Como disse o presidente, é uma dívida histórica na nação brasileira a quem cuida bem do nosso meio ambiente e  garante o nosso futuro. E com o Ministério dos Povos Indígenas essa população poderá ser protagonista de suas políticas públicas”, encerrou a petista. 

Da Redação Elas por Elas, com informações de Agência Câmara de Notícias e Planalto

 

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