Juventude abraça a luta em defesa da liberdade de Lula
Movimento estudantil tem demonstrado sua força nas ruas em defesa da democracia, da educação, da liberdade do ex-presidente e contra a reforma da Previdência
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A capital federal foi palco do “Ato em Defesa da Democracia e da Liberdade de Lula” foi, durante o Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). De acordo com a diretora de Mulheres da entidade, Denise Soares, o movimento estudantil luta por um mundo melhor e mais justo, para tornar realidade seus sonhos revolucionários, defende a liberdade do ex-presidente Lula e os direitos humanos.
“Nossa juventude também levanta a bandeira Lula Livre pelas ruas de todo país, organizando festivais, atos, aulas públicas, faixaços, Lulaços e tantas outras atividades pela liberdade imediata de Lula uma vez que demonstrado o caráter político e eleitoral de sua prisão”, afirmou.
Para a dirigente, a greve geral do dia 14 de junho foi mais uma prova de que a juventude está na rua lutando pelo direito de todas/os. “Estamos no combate à Reforma da Previdência, que tira todas as expectativas da juventude se aposentar, contra os cortes na educação, contra a flexibilização da posse de armas de fogo no país e tantos outros retrocessos”, explicou.
No dia 13 de agosto, os estudantes estarão novamente nas ruas de todo o país para dizer não aos cortes e defender a educação pública e de qualidade para todos e todas. ”Entendemos que a educação pra além de ser um setor essencial para a formação do nosso povo e a superação de desigualdades, deve ser também a principal ferramenta para tirar nosso país da crise. Por isso seguiremos nas ruas, no terceiro dia nacional em defesa da educação em 13 de agosto”, afirma o documento.
O movimento estudantil vem reavivando seu protagonismo na política nacional. “Convocamos os estudantes para também protestar pela liberdade do ex-presidente Lula e contra a farsa do Judiciário, que está implementada no Brasil”, declarou Marianna Dias.
Já Jessy Dayane destacou a importância da união em torno da libertação de Lula. Ela pontuou ainda que sua prisão política é um episódio que coloca em risco o regime democrático no país. “Eu queria saudar essa unidade, essa maturidade. É emocionante a gente sair de um patamar de tantas disputas, mas entender que, pela liberdade de Lula, o que está em jogo é a nossa democracia”, acrescentou.
João Pedro Stédile, do Movimento Sem Terra (MST), defendeu que o momento é de trabalho e de esclarecimento da sociedade sobre a série de ataques aos direitos promovida pelo governo Bolsonaro. Ele afirmou ainda que “enquanto Lula estiver preso, a nossa simbologia da luta anti-imperialista também estará.”
O coordenador da Frente Povo Sem Medo e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, participou de um debate para milhares de estudantes onde fez um retrospecto dos acontecimentos que culminaram na prisão de Lula, com o objetivo de impedir sua candidatura na eleição presidencial de 2018.
Ao se referir ao conluio judicial no âmbito da Lava Jato, Boulos defendeu que “temos que exigir a saída imediata do senhor Sérgio Moro do Ministério da Justiça.”