Livre, Lula pautou o debate sobre a economia do país, exalta Gleisi
Em entrevista ao Nocaute, a presidenta nacional do PT falou de alianças para 2020, Consórcio do NE e lembrou que o Partido nasceu e existe para defender o povo
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A presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, destacou a capacidade de mobilização do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira (6). Em entrevista ao Nocaute, a parlamentar lembrou que, após deixar a prisão política, Lula, em poucos dias, trouxe para o centro do debate político a destruição da economia pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Gleisi lembrou que é justamente o ex-presidente quem ainda evita que a crise econômica no Brasil seja maior, já que deixou R$ 380 bilhões de reserva internacional. Além da economia brasileira, a presidenta exaltou o Consórcio do Nordeste, falou sobre as eleições de 2020 e a expectativa para o país. Veja os principais trechos:
Lula e o Legado do PT
“As pessoas estão vendo que [a Lava Jato] foi uma armação política para tirar Lula da corrida eleitoral. É preciso lembrar que, mesmo sem o Lula, eles quase não ganharam. O Haddad cumpriu um papel fundamental, com 47 milhões de voto. Se esse que esta aí [Bolsonaro] tivesse ido a um debate sequer, mesmo com as fake news, nós teríamos vencido”.
“Nós fizemos uma revista muito linda sobre o nosso legado. Tem tudo, todos os dados que desmentem esse negócio de que o PT quebrou o Brasil. Tem, por exemplo, como que Lula ainda salva o governo Bolsonaro com as reservas internacionais que os governos do PT deixaram, de R$ 380 bilhões. Graças ao Lula o Brasil não está quebrado. Nosso governos deram sustentabilidade para a economia do Brasil. Mas nem de longe o PT foi responsável pela crise no país. Eles que estão há 4 anos só cortando direitos do trabalhador”.
Consórcio do Nordeste
“Bolsonaro está cumprindo sua promessa eleitoral e por isso não se importa com Nordeste. Nós temos lá uma leva de governadores muito comprometidos com o povo e que estão se articulando. Nossos quatro governadores do PT são quadros da mais alta capacidade administrativa. O Consórcio está suprindo esse desdém do governo federal”.
“Os governadores foram para a Europa para conversar com empresários e trazer investimentos para a região. Eles estão se virando, e eu acho isso fantástico. O Consórcio é uma inovação em gestão política. Uma coisa legal que já avançaram bastante foi na questão da segurança pública. Bolsonaro tentou alardear que baixou a violência no país em 22%. Mas ele não contou que 50% desse resultado veio do Ceará, após políticas adotadas pelo governo estadual. Tudo isso sem fazer essa barbaridade que o [João] Doria faz, por exemplo”.
Expectativa para 2020 e alianças políticas
“Nós temos que retomar nosso processo de organização e estruturar os diretórios municipais. Passamos por um processo de desconstrução. Desde 2014 que o Partido vem sendo combatido. Era para estarmos mortos, mas o PT resistiu. Fizemos Congresso e começamos a debater com a população. Porque o que vale é a consciência popular. O que é central para nós é a vida do povo.”
“É preciso entender que o PT é um partido muito grande. É o maior partido do Brasil, tem peso. Então, quando ele se posiciona, movimenta a água. É claro que às vezes causa algum mal estar. Agora, não podem querer que o PT se anule para fazer alguma composição. Mas também jamais queremos mandar. Tanto que no Congresso Nacional quem exerce as lideranças de oposição e minorias não é o PT”.
“Temos uma orientação de ter candidatos na maioria dos municípios para poder falar do que está acontecendo no Brasil. Mas não estamos prescindindo de alianças. No Rio Grande do Sul, por exemplo, estamos conversando com a Manuela D’Ávila (PCdoB). No Rio de Janeiro com o [Marcelo] Freixo (PSOL). A questão de alianças é importante para o PT e o que é o demarcador delas, para além da Democracia, é a vida do povo. Lula nos lembrou que é para isso que nós [PT] existimos”.
“Óbvio que para algumas pautas podemos estar até com liberais, como contra AI-5, tortura e essas loucuras de Bolsonaro, mas a demarcação mesmo para uma aliança tem que ser a vida do povo brasileiro, que não pode pagar pela crise. É o nosso lado. É por quem a gente nasceu e para quem a gente vai governar”.
Confira a íntegra da entrevista de Gleisi Hoffmann ao Nocaute
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Nocaute