Lula cobra que Congresso Nacional vote ajuste fiscal

Durante reunião do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, nesta quinta-feira (29), ex-presidente reafirmou confiança na força da legenda, que sempre “renasce como fênix”

Foto: Lula Marques/AGPT

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou, durante reunião do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, nesta quinta-feira (29), que o Congresso Nacional vote o mais breve possível os projetos encaminhados pela presidenta Dilma Rousseff para o ajuste fiscal.

“Nós não podemos ficar mais seis meses discutindo ajuste. Temos que começar a votar amanhã, se for o caso”, cobrou.

“Tudo que interessa a oposição é que a gente arrume pretexto para discutir qualquer assunto e não discuta o que interessa, que é aprovar o que a Dilma mandou o Congresso Nacional”, completou.

Lula criticou, também, o adiamento da votação do projeto de repatriação de recursos. “Nós estamos vivendo uma situação de uma certa estranheza de comportamento no Congresso Nacional. Não conseguimos colocar na pauta o projeto de repatriação de recursos. Não sei o que aconteceu”, refutou.

De acordo com o ex-presidente, o tempo de governo é um “tempo que urge”. “Nós precisamos urgentemente começar a recuperar o potencial que nossa presidenta já teve. Não tenho medo de pesquisa, tenho medo de não trabalhar para recuperar”, afirmou.

Para Lula, o PT vive, atualmente, um momento de “bombardeiro acirrado” contra a legenda e contra os petistas.

“Nós vivemos um momento de um acirrado bombardeio contra o PT e os petistas. Acho que nunca houve na história do país o bombardeio que nosso partido recebe 24 horas por dia”, avaliou.

No entanto, durante a fala, Lula reforçou a força do Partido dos Trabalhadores. “Esse partido reage como se fosse fênix. Sai das cinzas mais forte do que ele estava antes de qualquer coisa. Esperem as eleições de outubro de 2016 para eles perceberem o que vai acontecer nesse país”, exaltou.

Além disso, segundo Lula, é preciso garantir que Dilma tenha tranquilidade para governar o Brasil. Ele elogiou a condução do diálogo político com a base aliada e Congresso Nacional após Ricardo Berzoini assumir a Casa Civil da Presidência da República.

“A nossa situação era mais difícil. Nos últimos dois meses houve uma melhora na relação política. A tendência é consolidar essa relação política”, garantiu.

Durante a fala na abertura da reunião do Diretório Nacional, Lula criticou a intenção de corte do Bolsa Família, feita relator do Orçamento da União de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR). “As pessoas vão perdendo a razão e falando qualquer coisa que vem à cabeça”, argumentou.

O ex-presidente também negou, mais uma vez, os “boatos” de que estaria afastado da presidenta Dilma Rousseff.

“Sinceramente, o que me deixa às vezes chateado é que nunca me perguntam alguma coisa e, de repente, vejo manchete: ‘Lula disse isso, aquilo, Dilma vai não vai no aniversário e não conversa com Lula. Se a Dilma não queria conversar comigo, porque foi no meu aniversário?”, questionou.

Aos petistas, Lula garantiu: “serão três anos de pancadaria, mas eu vou sobreviver”. Ele ainda ironizou as recentes denúncias contra sua família. “Eu ainda tenho mais três filhos que não foram denunciados, sete netos e uma nora que está grávida”, brincou.

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Da Redação da Agência PT de Notícias

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