Lula em Nova Iguaçu: “Vou voltar a investir no Rio de Janeiro”

Em comício na Baixada Fluminense, Lula se compromete a melhorar a vida da população do estado. “Quero que o Rio apareça nos jornais pela qualidade da educação, do transporte, da comida e do emprego” 

Ricardo Stuckert

Lula: "Vou voltar para que o povo da Baixada seja tratado com respeito" (foto: Ricardo Stuckert)

Lula encerrou o primeiro dia de sua visita ao Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (8), falando para uma Praça Rui Barbosa, em Nova Iguaçu, lotada. E prometeu ao presentes: “Vou voltar a investir no Rio de Janeiro”.

Ele lembrou que nenhum governo colocou tanto dinheiro em obras e projetos sociais no estado quanto os governos dele e de Dilma Rousseff, que também compareceu ao evento. 

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“O estado do Rio é o cartão postal mais importante que a gente tem no mundo. Em qualquer lugar do mundo, as pessoas sabem o que é o Rio de Janeiro. Já aprenderam a cantar Garota de Ipanema, já deram um prêmio para o Cristo Redentor ser a oitava maravilha do mundo”, ressaltou. 

Porém, o Rio deve ser conhecido por outros motivos, disse o ex-presidente. “Eu quero, na verdade, é que o Rio de Janeiro apareça nas páginas de jornais pela qualidade da educação, do transporte, da comida e do emprego. E não nas páginas policiais, como aparece hoje, com criança sendo morta com bala perdida. Bala perdida porque esse genocida que está governando o país resolveu fazer propaganda de armas.” 

No evento, Lula voltou a declarar seu apoio a Marcelo Freixo (PSB), candidato a governador, e a André Ceciliano (PT), que concorre ao Senado. E prometeu apoiar a proposta de Freixo de modernizar as linhas de trem que transportam os trabalhadores dos municípios da Baixada Fluminense até a capital.

“Pode preparar o projeto, porque eu vou ganhar as eleições e vou voltar a investir no Rio de Janeiro para que o povo da Baixada seja tratado com respeito, seja tratado com decência, porque é tudo que nós queremos na vida”, garantiu.

Bolsonaro só investe na eleição

Lula criticou Jair Bolsonaro por só ter resolvido fazer algum investimento para melhorar a vida do povo perto das eleições. “Agora, que ele está com medo de perder as eleições e eu disse que ia abrasileirar o preço da gasolina, ele começou a reduzir um pouquinho a gasolina”, destacou. 

Bolsonaro fez o mesmo com relação ao auxílio emergencial. “Nós estávamos reivindicando um auxílio de R$ 600 para o povo pobre na pandemia. Ele queria R$ 200. E aí, quando faltavam três meses para as eleições, e o Lula na frente dele, ele resolveu dar R$ 600 outra vez.” 

Mas a medida acaba em 31 de dezembro, lembrou Lula. “Na LDO, que é a Lei de Diretrizes Orçamentárias que ele mandou para o Congresso, não tem os R$ 600 a partir de dezembro. E só vai ter porque nós vamos ganhar e vamos deixar os R$ 600 para esse povo”, garantiu, lembrando que a LDO também não prevê reajuste do salário mínimo acima da inflação.

Bolsonaro, em sua desumanidade, dizia que o Brasil não tinha dinheiro para combater a pandemia, mas hoje, gasta o que pode com campanha eleitoral, inclusive no 7 de Setembro, e motociatas. “Ainda hoje à noite, ele tentou impor mais R$ 5 bilhões no orçamento para distribuir para os seus deputados e senadores se elegerem”, denunciou.

Lindbergh e Ceciliano

Além de Dilma e Freixo, estavam ao lado de Lula diversas lideranças do estado do Rio de Janeiro, como candidato do PT ao Senado, André Ceciliano, e o ex-senador Lindbergh Farias (PT), que já foi prefeito de Nova Iguaçu.

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Lindbergh, que concorre a deputado federal lembrou tudo que Lula fez pela cidade e pelos outros municípios da Baixada Fluminense. Ele lembrou que Lula fez o índice de ruas sem asfalto em Nova Iguaçu cair de 50% para 10%, além de levar para o município a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), e construir 20 mil moradias do Minha Casa Minha Vida. “A Baixada precisa do senhor, presidente Lula”, disse Lindbergh.

André Ceciliano, que além de presidente da Alerj foi também prefeito de Paracambi, saudou Lula como o melhor presidente que o Brasil já teve e disse querer ser senador para ajudar Lula a governar. “Eu quero ser o senador da Baixada Fluminense e quero estar lá em Brasília para defender o governo do presidente Lula. Peço um voto de confiança de vocês”, discursou.

Dilma e Freixo

Recebida com muito entusiasmo e carinho pelo público, Dilma Rousseff destacou a importância de se votar não apenas em Lula, mas também em Freixo, Ceciliano e deputados federais que fazem parte do Time do Lula.

E deixou um recado especial às mulheres: “Somos a maioria eleitorado, 53%. Somos nós que estamos dando a vitória para o presidente Lula. Vamos apertar um pouquinho mais, trabalhar um pouquinho mais e ganhar no primeiro turno. É isso que temos de fazer, porque temos de devolver para o país a capacidade de sonhar”.

Já Freixo, também defendeu a vitória de Lula no primeiro turno e disse ter o desejo de governar o Rio de Janeiro enquanto o o petista for presidente. Freixo prometeu investir na educação em tempo integral, trabalhar para gerar empregos na região da Baixada e modernizar as linhas de trens para que os trabalhadores se desloquem com dignidade. “Vamos ganhar a eleição e colocar o Rio de Janeiro de pé”, conclamou.

Da Redação

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