Lula: me sinto muito mais livre aqui do que os juízes que me julgaram

Declaração foi transmitida à militância após visita do jornalista e sociólogo espanhol Ignácio Ramonet, e o argentino Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquível

Joka Madruga

Adolfo Perez Esquivel e Ignacio Ramonet

Aos que estão em permanente mobilização pela liberdade de Lula em frente à sede Polícia Federal de Curitiba, qualquer oportunidade para saber como está o ex-presidente é sempre recebida como motivação extra. Não à toa, todos os que o visitam acabam por confortar a militância ao se impressionarem com a força e a disposição do maior líder popular da história do país.

“Ele está muito bem fisicamente, faz ginástica todo dia e está intelectualmente muito vivo. Como sempre, fez análises brilhantes tanto da situação interna do país quanto na América Latina. Também analisou a preocupante política estadunidense na região”, testemunhou o sociólogo espanhol Ignacio Ramonet nesta quinta (12), logo após visitá-lo ao lado do argentino Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Perez Esquivel.

Ignacio Ramonet

Para ambos, mais do que manter-se com o corpo e a mente em atividade constante, impressiona o fato de o ex-presidente, preso político desde o dia 7 de abril de 2018, estar cada vez mais convicto de que a justiça será feita e os agentes da maior farsa judicial da história do país responsabilizados por seus crimes.

“Ele sabe que justiça brasileira não vai desistir de mantê-lo em cárcere político. Mas ele tem a força de um inocente e pensa que é mais livre aqui do que os juízes que o condenaram e estão aqui fora”, reiterou Ramonet que, como bom jornalista, tomou nota de cada uma das declarações proferidas por Lula.

Adolfo Perez Esquivel

Já o argentino, além de manter a solidariedade ao amigo brasileiro e reforçar a mobilização internacional por sua libertação imediata, tinha outra razão para visitá-lo: o Nobel da Paz é o autor do manifesto que pleiteia a honraria para Lula pelo combate à fome e à miséria, cujos resultados são reconhecidos pelas principais instituições e entidades do mundo.

“Dentro de um mês já vamos saber a resolução (do Comitê que decide os candidatos ao Nobel da Paz)”, resumiu Esquivel.

Por Henrique Nunes da Redação da Agência PT de Notícias

 

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