Lula muda atribuição do GSI e cria secretaria exclusiva de segurança do presidente e vice
Nova estrutura do Gabinete de Segurança Institucional envolve as quatro secretarias do órgão. Agentes da Polícia Federal permanecem atuando na segurança do presidente da República
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto 11.676, de 30 de agosto de 2023, reorganizando o GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), alvo de contaminação ideológica e de indicações bolsonaristas.
A partir de agora, com a criação da Secretaria de Segurança Presidencial, atualmente chefiada pelo general de brigada Ricardo Augusto do Amaral Peixoto, como o próprio nome diz, a pasta terá como foco apenas a segurança presidencial (do presidente e vice-presidente), não assumindo outras atribuições.
A reestruturação, válida a partir de 15 de setembro, instituiu também a Secretaria de Coordenação e Assuntos Aeroespaciais, responsável pelo protocolo que envolve o transporte aéreo do presidente da República e atividades do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro, sob o comando de um brigadeiro.
A Secretaria de Segurança Presidencial, responsável pela segurança pessoal de familiares do chefe do Executivo e de seu vice, contará com dois órgãos: o Departamento de Segurança e o Departamento de Apoio Logístico.
As quatro secretarias que compõem o GSI, após a reestruturação, com mudança de nome e atuação, passam a ser:
Secretaria de Segurança Presidencial – apoio logístico e segurança do presidente da República
Secretaria de Coordenação e Assuntos Aeroespaciais – responsável por eventos e viagens da Presidência e pelo Departamento de Assuntos Aeroespaciais
Secretaria de Acompanhamento e Gestão de Assuntos Estratégicos – responsável pelos órgãos de Assuntos do Conselho de Defesa Nacional, Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional e Assuntos Nucleares
Secretaria de Segurança da Informação e Cibernética – responsável por temas relacionados à segurança da informação
Desconfiança
Após os atentados terroristas de bolsonaristas em 8 de janeiro, ao destruir prédios dos Três Poderes, a segurança do presidente Lula passou a ser feita por meio de modelo híbrido. Comandada pelo GSI, conta, porém, com participação de agentes da Polícia Federal (PT) na segurança do chefe do Executivo.
O GSI é um órgão militar criado em 1930 com o nome de Estado-Maior do Governo Provisório, no governo Getúlio Vargas. Até o mês de julho, informações sobre viagens do presidente Lula foram enviadas a assessor e ex-ajudantes de Ordens de Bolsonaro, como Osmar Crivelatti e Mauro Cid, respectivamente, ação que é alvo de sindicância do governo Lula.
Da Redação