Luta contra a reforma trabalhista segue no Senado: entenda
Base do governo golpista de Michel Temer quer votar requerimento de urgência para atropelar a apreciação em plenário do texto da reforma trabalhista
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O governo golpista de Michel Temer e seus aliados no Senado conseguiram aprovar o texto da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na última quinta-feira (29). Agora, a proposta segue para o plenário do Senado.
Na mesma sessão da CCJ, a base governista ainda tentou aprovar requerimento de urgência para a apreciação em plenário do texto da reforma trabalhista. Porém, não teve quórum entre seus apoiadores e ainda esbarrou com a obstrução da oposição.
Sendo assim, a votação do requerimento de urgência deve ocorrer nesta terça-feira (4). Caso seja aprovada, basta um interstício de duas sessões deliberativas para que o projeto possa ser votado, o que pode ocorrer ainda esta semana.
“Um governo que está podre, caindo, vergonhosamente usa o resto de força que tem para retirar direito dos trabalhadores. A única forma de barrar essa reforma é a mobilização social”, afirmou a senadora e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Tramitação da reforma trabalhista
No último dia 20 de junho, a proposta de reforma trabalhista foi rejeitada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, antes de seguir para a CCJ.
Na ocasião, o senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou seu voto em separado, solicitando a rejeição integral do texto apresentado por Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator da reforma trabalhista nesta Comissão.
Previsto no Regimento, o voto em separado é uma espécie de “relatório alternativo”, uma manifestação divergente à do relator, e qualquer senador tem o direito de apresentar esse ponto de vista diverso sobre matéria em tramitação.
Chegando ao plenário, os senadores vão analisar a proposta de reforma trabalhista aprovada pela Câmara dos Deputados e as emendas apresentadas pelos senadores à matéria.
Caso a matéria seja aprovada com modificações no texto-base, o projeto volta para a Câmara. Se não houver alterações, a proposta vai direto para sanção presidencial.
Para ser aprovado no plenário, o projeto da reforma trabalhista precisará de maioria simples, ou seja, metade dos senadores presentes mais um voto.
Da Redação da Agência PT de Notícias