Manifestantes em defesa de Lula Livre permanecem perto da PF
Estruturas para pernoite e alimentação serão transferidas para um terreno a três quadras do local
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O Acampamento Lula Livre, montado em Curitiba no dia 7, permanece com vigília e atividades políticas e culturais permanentes a cerca de cem metros da Superintendência da Polícia Federal, no bairro Santa Cândida. A mudança realizada na manhã desta terça-feira (17), para um terreno na esquina da rua Joaquim Nabuco com a rua São João, foi apenas das cozinhas e das barracas para pernoite.
Os organizadores ressaltam que a vigília e todas as atividades da programação seguem acontecendo no mesmo local, na esquina da rua Guilherme Matter com a rua José Antonio Leprevost. O encontro das ruas passou a ser chamado pelos manifestantes de Praça Olga Benário.
“As barracas da comunicação, da organização da Frente Brasil Popular, da saúde e a barraca para receber doação de alimentos permanecem no mesmo local. O que mudou foi o lugar para as pessoas dormirem, mas a vigília acontece no mesmo local de sempre”, informa Regina Cruz, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PR).
A programação para o dia de hoje segue sem alterações e inclui o já tradicional “bom dia” e “boa noite” ao ex-presidente Lula, que está preso na Polícia Federal. Ainda no período da manhã, estão previstas visitas de deputados federais e do jurista Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça. No período da tarde é esperada a visita da delegação da Comissão de Direitos Humanos do Senado ao ex-presidente Lula, para vistorias às instalações da sede da Polícia Federal em Curitiba.
Estão confirmadas presença dos senadores Ângela Portela (PDT-RR), Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-Pr), Humberto Costa (PT-PE), João Capiberibe (PSB-AP), José Pimentel (PT-CE), Lídice da Mata (PSB-BA), Lindbergh Farias (PT- RJ), Paulo Paim (PT-RS), Paulo Rocha (PT-PA), Regina Sousa (PT-PI), Telmário Mota (PTB-RR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Roberto Requião (PMDB-PR). Também está incluso na programação divulgada pelos organizadores do acampamento Lula Livre uma aula com o jurista Antonio Maués, shows culturais, às 15h e às 18h.
Direito à manifestação
A decisão de permanecer em vigília foi tomada nesta segunda-feira (16), após um acordo a entre Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito de Curitiba; a Superintendência da Defesa Social; a Procuradoria Geral do Município e o Movimento do os Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Partido dos Trabalhadores (PT).
O acordo suspende a multa diária de R$ 500 mil fixada aos movimentos pelo juiz substituto da 3ª Vara da Fazenda Pública, Jailton Juan Carlos Tontini, na última sexta-feira (13). Na liminar, o juiz determinava que o acampamento fosse desmontado.
A prefeitura tinha proposto a transferência do acampamento para o Parque Atuba, localizado a um pouco mais de três quilômetros da área atual. No entanto, a proposta foi rejeitada em assembleia.
Em nota, as entidades que organizam o acampamento reforçaram que irão manter quatro tendas no local para “assegurar o direito ao uso do espaço para a manifestação política”.