Marcio Macedo critica pedido de impeachment: Não há base legal
Em entrevista à rádio 103 FM, o secretário conclamou a militância a ir para as ruas defender a democracia e o mandato da presidenta Dilma
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O secretário nacional de Finanças do PT, Marcio Macedo, reforçou nesta segunda-feira (7) sua posição contrária ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Integrante da comissão política do partido contra o golpe, ele afirmou que o pedido de impedimento de Dilma, que foi aceito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “não tem qualquer consistência técnica, nem base legal”. “A presidente Dilma não cometeu nenhum crime. Não existe mais pedaladas fiscais. O objetivo de Cunha foi esconder o seu processo de cassação, este sim com muitos argumentos e provas de crimes que ele cometeu”, disse.
Entrevistado pelo radialista George Magalhães, na 103 FM, Marcio Macedo destacou as iniciativas que estão sendo tomadas em defesa da democracia brasileira. Ele citou a Carta dos Governadores do Nordeste, a posição da CNBB, as declarações das OABs, o Manifesto da CUT e dos movimentos sociais e o lançamento do movimento contra o golpe capitaneado pelo governador Flávio Dino (PC do B), do Maranhão, e do ex-ministro Ciro Gomes. O petista também ressaltou a nota divulgada pelo governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB).
Marcio relatou que se encontra em Brasília, onde se reunirá, em nome do partido, com deputados federais e ministros da coordenação política, para acompanhar a indicação, por parte dos partidos, dos nomes que irão compor a comissão que analisará o pedido de impeachment. Na entrevista, o secretário conclamou a militância a ir para as ruas defender a democracia. “É natural que as pessoas tenham crítica ao governo, mas a presidente Dilma é uma pessoa honrada, correta e não praticou crime. Homens e mulheres de bem do Brasil defendam a democracia, combatam o golpe. Que as ruas possam se levantar para defender a democracia”, afirmou.
Questionado sobre o posicionamento do vice-presidente Michel Temer (PMDB), Marcio Macedo disse não querer acreditar que ele possa ser favorável ao afastamento de Dilma. “Não quero acreditar que Temer, que é um estadista, vai embarcar numa maluquice dessa”, afirmou. O petista também lamentou a atuação do deputado federal por Sergipe, André Moura (PSC), em prol de Eduardo Cunha. “Acho lamentável. É ruim para o próprio deputado e é ruim para o nosso Estado”, comentou.
Da Redação da Agência PT de Notícias